terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Illinois Institute of Technology




Por Elena Furlan

O edifício explora conceitos de ecletismo, de cores e texturas, da descontração, trabalha com o coletivo privado estudantil com o acessibilidade ao público ao mesmo tempo. É o retrato da sociedade da informação, da comunicação e do intercâmbio cultural.

Essa sobreposição de estampas, cores e materiais da arquitetura de Koolhaas.
A implantação do projeto impõem-se à paisagem com sua forma e cria-se no interior, uma amplitude governada pelas lajes horizontais de piso e teto, pela mistura de materiais nobres, pelos vazios criados e espaços contemplados em diferentes níveis com comunicação visual.
É rico na construção de espaços descontraídos e diferenciados, pela possibilidade de multiplicidade de uso dos espaços, e cuidadoso com a presença dos usuários que podem ser aqueles que ocupam o edifício e pelos que simplesmente transitam por ele. O edifício, não só aceita o mundo exterior como uma condicionante, mas toma partido dela e enfatiza como partido arquitetônico, como no momento de adotar a linha férrea como parte do programa.
A concepção interna do edifício se baseia na fragmentação e multifuncionalidade dos espaços. Foi inspirado no principais fluxos dos estudantes que transitavam pelo o terreno vazio, sob a ferrovia. Cada exigência e necessidade do programa assume uma conformação distinta e uma posição isolada na planta do edifício; e ainda cada um destes espaços criados está articulado para criar vizinhanças seja acadêmica, comercial, de lazer, de entretenimento e outros, são como elementos urbanos em miniatura.
“A sala de computadores, um espaço semi-enterrado na amplitude do lounge, é um beco, rampado, guarnecido com bancada e tamboretes, tudo completamente tingido de vermelho. O restaurante, também semi-enterrado no centro da planta, está mergulhado sob um jardim enclausurado que lhe dá luz; até ele se chega por uma escada ou uma rampa que se sobrepõem diagonalmente. Aí um amarelo mais cítrico faz reluzir o mobiliário.”
Utilizando de criatividade para transpassar esses fluxos de pedestres na criação de espaços internos, visando a autonomia de cada peça interna, se refaz a rede de passagens entre os dois lados da ferrovia e ainda se criam ruas, praças e ilhas urbanas ao longo delas, deste modo, o edifício caracteriza-se individualmente como o próprio espaço urbano.

Ficha técnica:
Obra: Illinois Institute of Technology

Arquiteto: Rem Koolhaas / OMA
Arquiteto Local: Holabird & Root
Engenheiro estrutural: Arup
M & E Engenharia: Skidmore, Owings & Merrill
Engenheiro Civil: Terra Engenharia

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