domingo, 13 de dezembro de 2009

Rokko Housing I


por Roberta Abe


O terreno situado ao pé do Monte Rokko é orientado ao sul, com forte inclinação de 60°. O local oferece uma vista panorâmica desde a baía de Osaka até o porto de Kobe. Com o objetivo de conseguir a harmonia entre o edifício e seu entorno verde, o arquiteto decidiu não elevar em excesso a altura do edifício e inseri-lo na ladeira, adaptando-o à inclinação. O edifício é composto por uma retícula de 20 módulos de 5,8 x 4,8m, cuja planta é simétrica. Na subida pela inclinação cria-se intencionalmente uma série de buracos para unificar o complexo, atuando ao mesmo tempo como praça. As zonas situadas nos extremos do edifício servem como áreas de ventilação e insolação. Os vinte módulos que se agrupam na frente da ladeira são todos diferentes em tipologia e tamanho. Todos têm terraços com diferentes vistas. A intenção era que a vida se desenvolvesse ao redor desses terraços, em comunicação com a natureza. As formas geométricas do concreto são intencionalmente artificiais, destacando o entorno natural através do contraste.

Ficha técnica:
Arquiteto: Tadao Ando
Localização: Kobe, Japão
Ano: 1983
Tema: Conjunto residencial

Fonte: El Croquis 44+58 Tadao Ando



8 House





Por Emy Tihohod


O recente projeto BIG para edifício de uso misto se completa em 2009, implantado na zona sul de Ørestad, bairro cercado pelo Canal de Copenhague, preza pela qualidade formal garantindo acima de tudo o conforto ao usuário, uma vez que estuda acessos, usos e insolação de modo pertinente.


Projetado para Hopfner, a companhia petrolífera dinamarquesa, e Frederikslund Store, a  estrutura de concreto pré-fabricada assume uma forma angular de um número 8, encerrando dois espaços abertos. A forma de circuito duplo é recolhido a fim de permitir o acesso de pedestres e de bicicleta para o complexo através de rampas largas. Espaços comerciais ocupam os andares inferiores, enquanto que 505 apartamentos ocupam o restante dos andares superiores.


Arquiteto: BIG | Bjarke Ingels Group
Localização: Ørestad - Copenhagen
Projeto: 2009
Tema: Edifício de uso misto
Referência:http://archrecord.construction.com/features/designvanguard/2009/09Bjarke-Ingels-Group/default.asp http://www.big.dk/Sugira uma tradução melhor

The Hamburg Philharmonic Hall




Por Frederico Costa


O projeto para a Sala de Concertos da Filarmônica de Hamburgo foi possível graças às  manifestações da população de Hamburgo que exigiam um local que correspondesse à importância cultural da Orquestra e pela insatisfação com reformas propostas para a área de antigos armazéns do porto.
Devido a relevância dos armazéns do porto, optou-se por implantar todo o novo e imenso programa da sala de concertos sobre o edifício antigo. Um prisma revestido de vidro envolve a grande sala de concertos que foi minuciosamente modelada para gerar um novo modelo de disposição de platéia, totalmente inusitado.  
Além de inserções ao programa básico, como um hotel por exemplo, o armazém antigo tem a função arquitetônica de elevar o espectador ao prisma por uma enorme escada rolante, e antes disso, entre estes dois prédios em um foyer elevado e aberto para todo entorno.
Por fim, foram projetados inclusive os componentes para absorção acústica que reforçam a prática do escritório na incessante pesquisa por novos materiais e componentes que tornam seus trabalhos excepcionalmente únicos.  


Ficha:
The Hamburg Philharmonic Hall
Escritório: Herzog e De Meuron
Local: Hamburgo, Alemanha
Data: Término previsto para 2011 e inauguração em 2012.


O projeto foi apresentado por Jaques Herzog em palestra proferida na FAU-USP










Tate Modern 2





Por Frederico Costa


O projeto para transformação da antiga usina de energia em Londres no Tate Modern, também foi realizado pela dupla Jaques Herzog e Pierre De Meuron e agora também são responsáveis pela ampliação.
Trata-se de um nova edifício, desta vez vertical no lado sul do antigo edifício original, lado oposto da grande chaminé que caracteriza a fachada para o Rio, possibilitando assim que estes dois elementos marcantes não concorram .
A forma resultante é uma combinação de caminhos e pontos de vista a partir destes caminhos.  O elemento em altura passa a ser uma resposta para tranformações recentes da região devido ao projeto, transformações que trouxeram nova dinâmica e edifico mais altos para a área.
Como no Tate 1, a ampliação também tem um saguão de convívio que articula as circulações principais. Desta vez este elemento que conecta o Turbine Hall do primeiro projeto com os Tanques de óleo  sob a ampliação.
Na fachado, o escritório desenvolveu uma composição de revestimento em tijolos, que remete ao prédio antigo pela coincidência do material, mas que sugere uma evolução a partir da linguagem compositiva dos encaixas que é característica tradicional da Arquitetura Inglesa.
Escrítório: Herzog & De Meuron
Local: Londres, Reino Unido
Data:  Previsto para 2012, ano que Londres receberá as Olimpíadas.


O projeto foi apresentado por Jaques Herzog em palestra proferida na FAU-USP 

sábado, 12 de dezembro de 2009

Casa Grelha


Por Emy Tihohod


Ocupando região de clareira em meio à Serra da Mantiqueira a residência modular utilizou-se de engenhosas soluções que permitiram sua integração com o meio, adequando-se e transformando a paisagem ao redor.


A definição por um único patamar térreo e os problemas com a umidade excessiva do terreno levaram a adoção de um sistema de pilotis de concreto e estruturas de aço cortem que criaram uma grelha modular (5,5m x 5,5m) transmitindo a idéia de quase perpetuação constante pelo meio, ampliando ainda mais a conexão da residência com a natureza em que se insere. Unida e suspensa sobre núcleos de acesso que fazem a ligação entre os ambientes ora vedados por módulos fechados, ora por vazios que permitem a passagem livre de árvores, a permeável estrutura cria também caminhos por um teto jardim que possibilita a continuidade do terreno.


Ainda, de modo a aproveitar a melhor visual do terreno, foi implantada área de lazer na cota mais alta, dividida em dois blocos e estruturada seguindo a mesma modulação da casa, apoiando-se sobre vigas metálicas que permitem balanços nas bordas do morro. Como um complemento a contemplação da paisagem, este espaço se mostra como um marco, contemplando a vista da mata virgem ao redor.


Arquiteto: Forte, Gimenes & Marcondes Ferraz Arquitetos
Localização: Serra da Mantiqueira - SP
Projeto: 2005 - 2007
Tema: Residência unifamiliar
Referência: 8a Bienal de Arquitetura de São Paulo - 2009

No Limite



Por Emy Tihohod



Localizada na encosta de morro, na província de Izu-San, Japão, a residência se apresenta sobreposta ao terreno, impondo-se a paisagem como uma abstração da mesma.


Composta por dois planos cruzados, limitados pela mata nativa e pelo oceano Pacífico, possui na parte inferior os ambientes privativos de quartos e sanitários, e na parte superior, ambientes sociais como cozinha e salas de estar/jantar, empregando como revestimento externo/interno mármore branco, refletindo o verde da natureza e o azul do mar. 


Como que reforçando a sobreposição da casa ao ambiente, determinando padrões de força da forma aos meios a que se insere, a residência emprega materiais naturais de modo a demonstrar que apesar da sobreposição ao meio, a casa não deixa de ser parte da própria natureza, apenas afirma o abstrato, sem tentar imitar o meio, e sim inserindo-se a ele de maneira a se destacar, a fazer valer a abstração da arquitetura.



Arquiteto: Mount Fuji Architects Studio
Localização: Província de Izu-San - Japão
Projeto: 2008 - 2009
Tema: Residência unifamiliar
Referência: http://archrecord.construction.com/features/designvanguard/2009 - http://www14.plala.or.jp/mfas/mfas.htm

Caixa Forte


Por Emy Tihohod


Edifício referência no entorno, demonstra a combinação de materiais e iluminação, volumes e escala, transmitindo ao usuário diversas experiências sensoriais de surpreendente aplicação em sedes institucionais como o caso.


De geometria simplificada, a Sede da Caja General de Ahorros, se constrói basicamente com a diferença entre cheios e vazios que permite a criação de um amplo átrio central iluminado por aberturas zenitais por entre a estrutura modular de concreto; e a luz incidente por entre a pedra natural translúcida de vedação externa do prédio, e dos caixilhos recuados 3m da fachada, que permite ora transparência controlada e ora opacidade requerida pelas altas temperaturas locais.


Edificado sobre uma base dividida entre o fechado estacionamento, arquivos e CPD, e  o aberto, dois pátios destinados a veículos e praça com laranjeiras; também um semi cubo de oito pavimentos que abriga no térreo sala de conferência, exposições, refeitório, quatro pavimentos-tipo de escritórios e por último a presidência. Grandes colunas de 3m de diâmetro ocupam o átrio juntamente com os blocos de escritórios e serviços, contrastanto simetria e assimetria.


A iluminação interna natural minuciosamente trabalhada completa a visualização do conjunto interno, possibilitando diversas incidências de luz que enquadram diferentes ângulos de visual do usuário.


Arquiteto: Alberto Campo Baeza
Localização: Granada - Espanha
Projeto:1992 - 2002
Tema: Institucional