domingo, 13 de dezembro de 2009

Rokko Housing I


por Roberta Abe


O terreno situado ao pé do Monte Rokko é orientado ao sul, com forte inclinação de 60°. O local oferece uma vista panorâmica desde a baía de Osaka até o porto de Kobe. Com o objetivo de conseguir a harmonia entre o edifício e seu entorno verde, o arquiteto decidiu não elevar em excesso a altura do edifício e inseri-lo na ladeira, adaptando-o à inclinação. O edifício é composto por uma retícula de 20 módulos de 5,8 x 4,8m, cuja planta é simétrica. Na subida pela inclinação cria-se intencionalmente uma série de buracos para unificar o complexo, atuando ao mesmo tempo como praça. As zonas situadas nos extremos do edifício servem como áreas de ventilação e insolação. Os vinte módulos que se agrupam na frente da ladeira são todos diferentes em tipologia e tamanho. Todos têm terraços com diferentes vistas. A intenção era que a vida se desenvolvesse ao redor desses terraços, em comunicação com a natureza. As formas geométricas do concreto são intencionalmente artificiais, destacando o entorno natural através do contraste.

Ficha técnica:
Arquiteto: Tadao Ando
Localização: Kobe, Japão
Ano: 1983
Tema: Conjunto residencial

Fonte: El Croquis 44+58 Tadao Ando



8 House





Por Emy Tihohod


O recente projeto BIG para edifício de uso misto se completa em 2009, implantado na zona sul de Ørestad, bairro cercado pelo Canal de Copenhague, preza pela qualidade formal garantindo acima de tudo o conforto ao usuário, uma vez que estuda acessos, usos e insolação de modo pertinente.


Projetado para Hopfner, a companhia petrolífera dinamarquesa, e Frederikslund Store, a  estrutura de concreto pré-fabricada assume uma forma angular de um número 8, encerrando dois espaços abertos. A forma de circuito duplo é recolhido a fim de permitir o acesso de pedestres e de bicicleta para o complexo através de rampas largas. Espaços comerciais ocupam os andares inferiores, enquanto que 505 apartamentos ocupam o restante dos andares superiores.


Arquiteto: BIG | Bjarke Ingels Group
Localização: Ørestad - Copenhagen
Projeto: 2009
Tema: Edifício de uso misto
Referência:http://archrecord.construction.com/features/designvanguard/2009/09Bjarke-Ingels-Group/default.asp http://www.big.dk/Sugira uma tradução melhor

The Hamburg Philharmonic Hall




Por Frederico Costa


O projeto para a Sala de Concertos da Filarmônica de Hamburgo foi possível graças às  manifestações da população de Hamburgo que exigiam um local que correspondesse à importância cultural da Orquestra e pela insatisfação com reformas propostas para a área de antigos armazéns do porto.
Devido a relevância dos armazéns do porto, optou-se por implantar todo o novo e imenso programa da sala de concertos sobre o edifício antigo. Um prisma revestido de vidro envolve a grande sala de concertos que foi minuciosamente modelada para gerar um novo modelo de disposição de platéia, totalmente inusitado.  
Além de inserções ao programa básico, como um hotel por exemplo, o armazém antigo tem a função arquitetônica de elevar o espectador ao prisma por uma enorme escada rolante, e antes disso, entre estes dois prédios em um foyer elevado e aberto para todo entorno.
Por fim, foram projetados inclusive os componentes para absorção acústica que reforçam a prática do escritório na incessante pesquisa por novos materiais e componentes que tornam seus trabalhos excepcionalmente únicos.  


Ficha:
The Hamburg Philharmonic Hall
Escritório: Herzog e De Meuron
Local: Hamburgo, Alemanha
Data: Término previsto para 2011 e inauguração em 2012.


O projeto foi apresentado por Jaques Herzog em palestra proferida na FAU-USP










Tate Modern 2





Por Frederico Costa


O projeto para transformação da antiga usina de energia em Londres no Tate Modern, também foi realizado pela dupla Jaques Herzog e Pierre De Meuron e agora também são responsáveis pela ampliação.
Trata-se de um nova edifício, desta vez vertical no lado sul do antigo edifício original, lado oposto da grande chaminé que caracteriza a fachada para o Rio, possibilitando assim que estes dois elementos marcantes não concorram .
A forma resultante é uma combinação de caminhos e pontos de vista a partir destes caminhos.  O elemento em altura passa a ser uma resposta para tranformações recentes da região devido ao projeto, transformações que trouxeram nova dinâmica e edifico mais altos para a área.
Como no Tate 1, a ampliação também tem um saguão de convívio que articula as circulações principais. Desta vez este elemento que conecta o Turbine Hall do primeiro projeto com os Tanques de óleo  sob a ampliação.
Na fachado, o escritório desenvolveu uma composição de revestimento em tijolos, que remete ao prédio antigo pela coincidência do material, mas que sugere uma evolução a partir da linguagem compositiva dos encaixas que é característica tradicional da Arquitetura Inglesa.
Escrítório: Herzog & De Meuron
Local: Londres, Reino Unido
Data:  Previsto para 2012, ano que Londres receberá as Olimpíadas.


O projeto foi apresentado por Jaques Herzog em palestra proferida na FAU-USP 

sábado, 12 de dezembro de 2009

Casa Grelha


Por Emy Tihohod


Ocupando região de clareira em meio à Serra da Mantiqueira a residência modular utilizou-se de engenhosas soluções que permitiram sua integração com o meio, adequando-se e transformando a paisagem ao redor.


A definição por um único patamar térreo e os problemas com a umidade excessiva do terreno levaram a adoção de um sistema de pilotis de concreto e estruturas de aço cortem que criaram uma grelha modular (5,5m x 5,5m) transmitindo a idéia de quase perpetuação constante pelo meio, ampliando ainda mais a conexão da residência com a natureza em que se insere. Unida e suspensa sobre núcleos de acesso que fazem a ligação entre os ambientes ora vedados por módulos fechados, ora por vazios que permitem a passagem livre de árvores, a permeável estrutura cria também caminhos por um teto jardim que possibilita a continuidade do terreno.


Ainda, de modo a aproveitar a melhor visual do terreno, foi implantada área de lazer na cota mais alta, dividida em dois blocos e estruturada seguindo a mesma modulação da casa, apoiando-se sobre vigas metálicas que permitem balanços nas bordas do morro. Como um complemento a contemplação da paisagem, este espaço se mostra como um marco, contemplando a vista da mata virgem ao redor.


Arquiteto: Forte, Gimenes & Marcondes Ferraz Arquitetos
Localização: Serra da Mantiqueira - SP
Projeto: 2005 - 2007
Tema: Residência unifamiliar
Referência: 8a Bienal de Arquitetura de São Paulo - 2009

No Limite



Por Emy Tihohod



Localizada na encosta de morro, na província de Izu-San, Japão, a residência se apresenta sobreposta ao terreno, impondo-se a paisagem como uma abstração da mesma.


Composta por dois planos cruzados, limitados pela mata nativa e pelo oceano Pacífico, possui na parte inferior os ambientes privativos de quartos e sanitários, e na parte superior, ambientes sociais como cozinha e salas de estar/jantar, empregando como revestimento externo/interno mármore branco, refletindo o verde da natureza e o azul do mar. 


Como que reforçando a sobreposição da casa ao ambiente, determinando padrões de força da forma aos meios a que se insere, a residência emprega materiais naturais de modo a demonstrar que apesar da sobreposição ao meio, a casa não deixa de ser parte da própria natureza, apenas afirma o abstrato, sem tentar imitar o meio, e sim inserindo-se a ele de maneira a se destacar, a fazer valer a abstração da arquitetura.



Arquiteto: Mount Fuji Architects Studio
Localização: Província de Izu-San - Japão
Projeto: 2008 - 2009
Tema: Residência unifamiliar
Referência: http://archrecord.construction.com/features/designvanguard/2009 - http://www14.plala.or.jp/mfas/mfas.htm

Caixa Forte


Por Emy Tihohod


Edifício referência no entorno, demonstra a combinação de materiais e iluminação, volumes e escala, transmitindo ao usuário diversas experiências sensoriais de surpreendente aplicação em sedes institucionais como o caso.


De geometria simplificada, a Sede da Caja General de Ahorros, se constrói basicamente com a diferença entre cheios e vazios que permite a criação de um amplo átrio central iluminado por aberturas zenitais por entre a estrutura modular de concreto; e a luz incidente por entre a pedra natural translúcida de vedação externa do prédio, e dos caixilhos recuados 3m da fachada, que permite ora transparência controlada e ora opacidade requerida pelas altas temperaturas locais.


Edificado sobre uma base dividida entre o fechado estacionamento, arquivos e CPD, e  o aberto, dois pátios destinados a veículos e praça com laranjeiras; também um semi cubo de oito pavimentos que abriga no térreo sala de conferência, exposições, refeitório, quatro pavimentos-tipo de escritórios e por último a presidência. Grandes colunas de 3m de diâmetro ocupam o átrio juntamente com os blocos de escritórios e serviços, contrastanto simetria e assimetria.


A iluminação interna natural minuciosamente trabalhada completa a visualização do conjunto interno, possibilitando diversas incidências de luz que enquadram diferentes ângulos de visual do usuário.


Arquiteto: Alberto Campo Baeza
Localização: Granada - Espanha
Projeto:1992 - 2002
Tema: Institucional

Em meio as dunas





Por Emy Tihohod


O Museu de Arte de Ordos é o primeiro edifício do novo centro cívico da província do interior da Mongólia, implantado num trecho de dunas de areia ao longo de um lago, voltado a um corredor público que abriga institutos de artes e edifícios culturais. 


Distribuído dentro de uma forma ondulada, com um vão central de elevação clara do chão, sugerindo uma víbora do deserto liquidação sobre as dunas, o espaço é concebido como um quarto sem interrupções, com uma série de aberturas de absorção de luz natural, oferecendo vistas exteriores, que enquadram e misturam as exposições de arte a paisagem natural, integrando a experiência do usuário às visuais proporcionadas pelo edifício.


Arquiteto: DnA - Design and Architecture
Localização: Ordos - Mongólia
Projeto: 2006 - 2007
Tema: Institucional

Centro Olímpico de Tennis, Madrid, Espanha


Por Bianca Forti

   O novo Centro Olímpico de Tênis em Madrid projetado pelo arquiteto francês Dominique Perrault. O edifício principal terá três quadras cobertas separadas. Sua idéia principal era a funcionalidade de sua cobertura em função da sua utilização no interior, podendo ser fechadas para as partidas internas ou serem abertas para partidas ao ar livre. Este aspecto influe na sua aparência volumétrica exterior oferecendo uma imagem mais flexível. Assim, o arquiteto consegue uma ligação entre design e funcionalidade.
   No entanto, a estrutura do telhado teve de ser modificada durante o projeto, porque a Federação Internacional de Tênis (ATP), apenas considera quadras ao ar livre, quando elas são descobertas completamente. Infelizmente o efeito final não será tão espetacular como quando as três coberturas se levantavam em direções diferentes, mas em uma mesma direção conduzindo a uma mais monótono.
   A outra característica importante na sua fachada principal é que ela filtra a luz. Tem uma superfície exterior de uma malha esticada de aço inoxidável e por dentro uma superfície de vidro.
   O complexo tem um outro edifício ao lado, dedicado ao tênis indoor, incluindo 11 quadras cobertas e um clube desportivo com piscina e uma área administrativa.
   Além destes dois edifícios, o entorno se remodelará com 16 quadras ao ar livre, um grande parque de estacionamento e uma abundância em áreas verdes, incluindo um lago artificial que se manterá com a água da chuva coletada em todo o terreno.

Ficha técnica:


Arquiteto: Dominique Perrault
Localização: Madrid, Espanha
Projeto: 2007-2009
Tema: Centro Olímpico
Referência: AV Monografias, ed. 135-136

Biblioteca da Universidade de Deusto, Bilbao, Espanha


Por Bianca Forti


    O novo Centro de Recursos para a Aprendizagem e Investigação (CRAI) da Biblioteca da Universidade de Deusto foi projetado por Rafael Moneo. Ele tem mais de 22.000 metros quadrados e abriga cerca de um milhão de volumes. O edifício está localizado na nova área Abandoibarra, olhando para o Museu Guggenheim de Frank O. Gehry.
   O edifício tem suas vigas, mesas e utensílios voltados para o Museu Guggenheim. Segundo o próprio Moneo "é muito bom fazer as salas de leitura terem como fundo a cidade completa. É como se nós disfrutássemos do Guggenheim, como se deixássemos sua imanência e disfrutássemos dela".
   A biblioteca tem a forma de um cubo com arestas arredondadas e alguns cortes que permitem a passagem de luz e pontos de vista e acesso ao edifício. A fachada interna é composta de vidros serigrafados e paredes de concreto, e separadas por uma câmera de 60 centímetros o sistema de iluminação característico foi instalado. O bloco de vidro tem sulcos paralelos em sua superfície que evocam a razão esculpida das colunas dóricas.
   O CRAI é uma peça esculpida que não consegue mostrar exteriormente a relação com o Museu Guggenheim, mas o faz internamente com layout do mobiliário.

Ficha técnica:



Arquiteto: Rafael Moneo
Cliente: Universidade de Deusto
Localização: Bilbao, Espanha
Projeto: 2005-2008
Tema: Biblioteca
Referência: AV Monografias, ed. 135-136

CONSTRUÇÃO PARA A VIABILIDADE DO FUTURO

Por Guilherme Motta



Projeto do sSuerbruch Hutton architects é exemplo de como a sustentabilidade pode ser aplicada como conceito global em arquitetura, desde a economia de energia até o cumprimento de sua função cívica.


Um novo edifício que abriga funções públicas, como biblioteca, auditório, café e espaço de exposições, além de escritórios para os mais de 800 funcionários da Agência Federal para o Meio Ambiente. Um parque de livre acesso completa o programa.

Um exemplo de como o ecologicamente correto pode ser feito com baixo orçamento e servir, em muitos de seus aspectos arquitetônicos, de inspiração para futuras obras.

Outra determinação do projeto foi obter um layout claro e funcional, além de oferecer aos funcionários um ambiente agradável e diferenciado de trabalho.

O lote, a nordeste da principal linha de trem do distrito, foi escolhido para mostrar que um terreno esquecido e contaminado pode ter vida novamente. Mais importante ainda, pode se tornar um espaço de interesse civil e de lazer.

Ficha Técnica:

Projeto: revitalização do Distrito Industrial do Gás
Autor: Sauerbruch Hutton Architects
Local: Dessau, Alemanha
Fonte: Revista AU, Edição 167, Novembro 2007, págs. 48-55

Fábrica da Olisur ao entorno, de GH+A, no Chile

Por Guilherme Motta



Um olival de 1,2 mil hectares cerca a fábrica de azeite Olisur, na região do Vale Central do Chile, a 200 km de Santiago. Inspirador, o sítio despertou no arquiteto Guillermo Hevia a intenção de criar um edifício que incorporasse aspectos marcantes da paisagem local.



"A Olisur se incorpora à paisagem trazendo baixo impacto ambiental", explica Hevia, que define a linguagem arquitetônica da obra como "eclética e consciente". "Na arquitetura, os sentidos e capacidades levam ao feito criativo. Valorizo a espontaneidade e a intuição, desde que provida de carga intelectual", afirma o arquiteto. Nesse sentido, a paisagem local, repleta de oliveiras de diferentes espécies e cores, alimentou sua intuição.


"A idéia era criar um edifício que nascesse da terra", explica o chileno, referindo-se às linhas inclinadas que cortam verticalmente as fachadas da edificação principal. Elas são configuradas por delgados elementos verticais de madeira laminada (pinus radiata), que remetem, na forma, a aspectos da arquitetura vernacular da região. O pinus também compõe a estrutura da cobertura do moinho de azeite, assim como pilares, vigas e o fechamento do prédio administrativo, o volume menor, adjacente à fábrica.

Ficha Técnica
Nome: Fábrica de aezeite Olisur
Autor: Arquitetura Guillermo Hevia (GH+A)
Local: Fundo San José de Marchigüe, comuna La Estrella, VI Región, Chile
Fonte: Revista AU, Edição 189, Dezembro 2009, págs. 68-73





FORÇA BRUTA

Por Guilherme Motta



Projetar um edifício de três andares em uma zona em que se permite até doze pavimentos parece perda de dinheiro e de tempo, pois em um futuro bem próximo ele pode ser demolido para ceder lugar a um edifício com pavimentos no limite.





No caso, o ideal comercial seria definir estruturas leves, rápidas e mais baratas como o light steel frame ou então sistematizar a execução a ponto de tornar o edifício todo desmontável. Esse é o caso do edifício da Bip Computers, do arquiteto chileno Alberto Mozó. Seus três pavimentos são constituídos inteiramente de peças de montar, basicamente vigas de madeira laminada, paredes internas de drywall e pré-moldados de concreto.




O prédio atrai pela força de uma comunicação conjunta, interligada e perfeitamente adequada de todos os subsistemas que o constituem. A obra de Mozó é contemporânea, altamente tecnológica sem ser high tech, e muito sustentável. Mas suas estruturas desmontáveis e transitórias, portanto passageiras, constituem um grande paradoxo quando se pensa na estética bruta e fortemente enraizada do edifício. E é inegável que a emoção que causa advém da força, simplicidade e beleza de sua estrutura aparente.

Ficha da Obra

Nome: Edifício Corporativo
Arquiteto: Alberto Mozó
Data do projeto: 2006
Data da contrução: 2007
Local: Santiafo, Chile
Fonte: Revista AU, Edição 172,  Julho 2008, págs. 64-78


Paykar Bonyan Panel Factory



Por: Ariadne Batista de Souza

Em uma sona manufatureira em Tehra, 32km ao sul da capital do Irã em meio a muitas fábricas que seguem uma mesma linguagem arquitetônica de grandes sheds e revestimento em tijolos a fábrica de painéis Paykar Bonyan projetada pelo ARAD (Architectural Research and Design), se destaca com sua fachada prinscipal composta por um quadriculado de alumínio e vidro e sua geometria simples, porém impressionante.
Pelo fato de abrigar a produção de um material cujo intuito é transformar o processo de construção (painéis de poliestireno revestidos por uma malha de aço galvanizado), o esperado pelo proprietário da fábrica, Moustafa Mahmoudi, só podia ser o máximo de inovação, porém com um orçamento limitado e tempo de construção curto.
A solução proposta consiste em módulos de tiras estruturadas em aço e revestimento em painéis-sanduiches de alumínio pré-pintado, resultando em 5250m² construídos em menos de 1 ano, com um custo de 355 dólares por m².


Ficha Técnica:
Nome: Paykar Bonyan Panel Factory
Arquitetos: ARAD
Local: Tehra, Irã
Ano: 2007

Tema: Fábrica
Fonte: Architectural Record, 03/2009

King Abdullah University of Science and Technology



Por Lucas Carvalho

Arquitetos: HOK

O projeto consiste de duas partes, o campus e a cidade universitária com instalações e acomodações para estudantes, faculdades e apoio.


A área principal do campus consiste de 10 volumes voltados para o Mar Vermelho que abrigam os prédios administrativos, serviços para os estudantes, biblioteca, centros de pesquisas e um auditório.

Com uma implantação transversal a esses volumes existe uma circulação aberta que conecta todos os edifícios. A massa de volumes produz grandes áreas de sombra, que protegem os acessos para o interior dos edifícios.

Dentro dos edifícios de pesquisas pode-se observar espaços com pé-direito triplo no centro. Esses espaços, que são cortados por pontes abertas, fornecem riqueza social para o interior, conectando visualmente diferentes áreas de trabalho.

Biochemistry Center



Por Lucas Carvalho

Arquitetos: Hawkins Brown

O edifício é centralizado ao redor do átrio, que foi projetado para a tão pretendida interação social entre os cientistas. Os espaços de estudo semi-públicos e salas de encontro se conformam ao redor do átrio e os laboratórios foram arranjados no perímetro do edifício.


Placas de vidro colorido laminado foram fixadas em sistema de curtain wall, essas placas fornecem uma sensação de privacidade para os usuários dos laboratórios e sua paleta de cores foi escolhida para contribuir com o contexto geral.

O átrio de 400 m2 inclui um espaço de conexão interno de forma irregular que encoraja a interação social dos cientistas enquanto fornece um volume estético surpreendente. O tamanho dos laboratórios foi aumentado para acomodar cerca de 24 pessoas. Separados por um pano de vidro transparente, os pavimentos de pesquisa parecem completamente abertos enquanto ainda fornecem aos cientistas a atmosfera tranqüila necessária para o seu trabalho.

Centro Tecnológico San Joaquín



Por Lucas Carvalho

Arquitetos: Alejandro Aravena, Charles Murray

Um edifício que se diferencia na paisagem demonstra uma busca arquitetônica através da naturezados espaços educacionais tradicionais. Projetado para abrigar computadores e laboratórios para o campus, esse volume atrativo se insere na súbita, porém forte contradição entre tecnologia contemporânea e estética de projeto.


Com uma linguagem arquitetônica que articula ousadia e funcionalidade, os arquitetos conforntaram com sucesso a tarefa, produzindo um edifício com uma solução original, apesar da pouca verba disponível.

O resultado é um edifício que é percebido como uma grande motivação no campus. A estrutura inovadora pode ser considerada como uma grande contribuição ã arquitetura chilena.

Skirkanich Hall



Por Lucas Carvalho

Arquitetos: Tod Williams Billie Tsien Architects

A combinação de materiais – o concreto bruto, os tijolos verdes em escala menor e azulejos amarelos além do granito escuro – fornecem ao edifício um visual forte. A complexidade espacial e o jogo de filtragem de luzes através das janelas e aberturas zenitais trazem harmonia ã variedade de materiais. A natureza arquitetônica do sistema de circulação reforça uma estética experimental, contrastando com a fachada dos laboratórios.


O jogo de transições entre espaços internos e externos, verticais e horizontais inova em relação ao empilhamento de caixas que normalmente compõem os edifícios de laboratórios.

Rolex Learning Center





Ponto de entrada da Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne, o Learning Center será um lugar para se aprender, obter informação e vivenciar.Um lugar onde os componentes físicos e virtuais se combinam para proporcionar acesso fácil ao conhecimento.
Todas as funções estão contidas em um grande salão modelado por parâmetros de visualização da paisagem, iluminação natural e ventilação, definindo espaços interiores. O edifício, ou mais especificamente a grande superfície de que é constituído, se aproxima do solo para não interferir nas vistas para o lago. No térreo, abaixo desta laje, as pessoas podem atravessar e acessar a entrada principal ou os demais pátios e locais de eventos. Há uma gradação que não é definida pelo contorno da laje de espaços públicos livres e abertos sobre ela e espaços menores e mais privativos.
A suave estrutura ondulada foi modelada buscando parâmetros de qualidade espacial e eficiência estrutural. Analise de elementos finitos foi utilizada para derivar uma geometria otimizada que definisse o máximo de espaço com o mínimo de material.

Ficha:
Rolex Learning Center
Escritório: Sanaa
Local: Lausanne, Suiça
Data: Em construção. Final previsto para 2010.
Fonte: El Croquis, nº 146. 2009

New Market Hall






por Frederico Costa


No centro de Rotterdam, o Market Hall, projetado pelo escritório holandês MVRDV, irá estabelecer uma nova tipologia urbana. O projeto é uma combinação sustentável de comida, ócio, habitação e permanência. Um híbrido de mercado público e um edifício de apartamentos. Uma completa integração para realçar e usufruir da sinergia das diferentes funções, uma edificação publica emergindo da habitação.
Um arco, com forma e revestimentos inusitados, possui 228 apartamentos, dos quais 102 para alugar, que irá criar um amplo hall com mais do que 100 estandes, lojas e restaurantes, 1200 vagas de estacionamento e um supermercado no subsolo. Os apartamentos terão sacadas para o exterior do Mercado e janelas para o interior. Os materiais para isolamento foram previstos para não causar efeitos indesejados. Os vãos frontal e posterior de 40 metros de altura e largura serão fechados por uma fachada de vidro suspensa que terá o Maximo de tranparencia e o mínimo de estrutura.


Ficha:
New Market Hall
Escritório: MVRDV
Local: Rotterdam, Holanda
Data: Premiação em 2004
Inicio da obra em 2009
Conclusão prevista para 2014.
Revista: Arquitetura Viva (www.arquiteturaviva.com) Novembro\2009

5.4.7 ARTS CENTER




Por Mônica Bovi

Em maio de 2007, a cidade de Greensburg, no estado do Kansas, foi destruída por um forte tornado. Os estudantes do Studio 804, do Departamento de Arquitetura e Planejamento Urbano da Universidade do Kansas, decidiram então contribuir para a reconstrução da cidade. A proposta foi um centro de arte, que abrigasse galeria de exposições, espaço para aulas e para performances. Duas das diretrizes eram que ele fosse construído de forma rápida e que fosse servido com fontes alternativas de energia. Os materiais utilizados na construção foram basicamente metal, madeira e vidro que foram combinados em sete módulos, atendendo a uma das diretrizes de projeto. Os ambientes foram dispostos de forma linear, configurando um único volume de apenas um pavimento.


Ficha Técnica


Nome: 5.4.7 Arts Center
Arquiteto: Studio 804
Local: Kansas, Estados Unidos.
Ano: 2008
Tema: Centro Cultural
Fonte: Architectural Record, The McGraw-Hill Companies, Nova Iorque, Outubro 2008, pg. 134-137.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO ARIZONA – ISTB1




Por Mônica Bovi

Ao criar o prédio de laboratórios e escritórios localizado no coração do campus universitário, a intenção dos autores era fazer com que ele participasse mais da vida da universidade. Sua volumetria lembra uma letra J em planta. A lâmina maior, que se estende até a rua, abriga os laboratórios; a menor contém os escritórios e é suspensa por pilotis. Entre elas configura-se uma praça sombreada pelos dois volumes e a passagem livre sob esses pilotis permite a interligação com a outra rua, de forma que a edificação permite sempre a livre circulação dos estudantes. A orientação dos blocos não é a mais favorável (leste-oeste), mas com o tratamento ideal das fachadas, os ambientes internos são servidos de um bom desempenho em conforto térmico e iluminação, permitindo ao projeto a certificação ouro no LEED.

Ficha Técnica


Nome: Arizona State University ISTB1
Arquiteto: Perkins + Will
Local: Arizona, Estados Unidos.
Ano: 2006
Tema: Educação
Fonte: Architectural Record, The McGraw-Hill Companies, Nova Iorque, Novembro 2008, pg. 168-171.

GARDINER MUSEUM




Por Mônica Bovi

Em junho de 2006, o museu de cerâmica de Toronto, o único do Canadá passou por uma reforma de ampliação. Os autores do novo projeto fazem parte do Kuwabara Payne McKenna Blumberg Architects e foram finalistas do Architectural Record Awards, em 2007. Originalmente implantado com um grande recuo da rua, para respeitar as fachadas dos edifícios históricos, o museu tinha uma deficiência no campo visual, que era pouco abrangente. A respeito disso, os arquitetos implantaram um bloco suspenso que se projeta para frente do terreno, com uma grande abertura em vidro que, além de proporcionar o aumento do campo visual, se torna mais convidativo. Para integrá-lo melhor ao fluxo de pedestres, também foi feita uma praça que se estende até o limite do terreno. O intuito dessa ampliação não era só expandir a área de exibição de obras, e sim, tornar o museu num espaço de convivência. Para isso, criou-se também uma loja e um restaurante.

Ficha Técnica


Nome: Gardiner Museum
Arquiteto: Kuwabara Payne McKenna Blumberg Architects
Local: Toronto, Canadá
Ano: 2006
Tema: Museu de Arte
Fonte: Architectural Record, The McGraw-Hill Companies, Nova Iorque, Novembro 2007, pág. 100.

GARDINER MUSEUM


Por Mônica Bovi

Em junho de 2006, o museu de cerâmica de Toronto, o único do Canadá passou por uma reforma de ampliação. Os autores do novo projeto fazem parte do Kuwabara Payne McKenna Blumberg Architects e foram finalistas do Architectural Record Awards, em 2007. Originalmente implantado com um grande recuo da rua, para respeitar as fachadas dos edifícios históricos, o museu tinha uma deficiência no campo visual, que era pouco abrangente. A respeito disso, os arquitetos implantaram um bloco suspenso que se projeta para frente do terreno, com uma grande abertura em vidro que, além de proporcionar o aumento do campo visual, se torna mais convidativo. Para integrá-lo melhor ao fluxo de pedestres, também foi feita uma praça que se estende até o limite do terreno. O intuito dessa ampliação não era só expandir a área de exibição de obras, e sim, tornar o museu num espaço de convivência. Para isso, criou-se também uma loja e um restaurante.

Ficha Técnica

Nome: Gardiner Museum
Arquiteto: Kuwabara Payne McKenna Blumberg Architects
Local: Toronto, Canadá
Ano: 2006
Tema: Museu de Arte
Fonte: Architectural Record, The McGraw-Hill Companies, Nova Iorque, Novembro 2007, pág. 100.

Museu do Saneamento - Espaço da Águas




Por  Mônica Bovi e Caroline Thomaz
A sede do museu esta localizada dentro da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo.  Esta localizado entre a avenida do Estado, Av. Santos Dummont e as antigas instalações de esgoto do Braz que foi desativada em 1980. Essa estação de tratamento marcam o período inicial de crescimento da cidade de São Paulo pois foi construída em 1886.
Esse antigo edifício é enquadrado dentro dos edifícios industriais, devido a alvenaria aparente, iluminação zenital, plantas livres e flexíveis e a existência de chaminés. Seu restauro visa resgatar as fachadas originais em tijolo aparente e a configuração de seu espaço interno, para abrigar uma nova função de Museu e acervo histórico.
O novo edifício disposto em três níveis terá acervo multimídia, salas de exposição revestidas em aço corten, unidas por uma ponte atirantada de 24m aberta para o vazio central da recepção.
A composição formal do novo edifício, mescla elementos opacos e transparentes, oferecendo percursos internos que se abrem para as vistas do edifício restaurado, espelho d’água , jardim  e cidade circundante. Pela diversidade de planos e perspectivas procura atribuir com o usuário uma relação direta.
São Paulo
2008
Arquitetos Lilian e Renato Dal Pian


De Young Museum, Herzog & Meuron




or Caroline Thomaz

O museu se revela Gradualmente como a pele de um camaleão, sua estrutura de cobre o transforma constantemente. Foi utilizado também um revestimento azulejado que tem a função de auxiliar nesse efeito de mutabilidade do edifício por tem a propriedade de através das pequenas perfurações trazem efeitos de cor ao cobre lhe dando tons de marrom, preto e eventualmente verde. Para expor as forças da natureza como um elemento chave os arquitetos não apenas defenderam a beleza parque Golden Gate, onde está situado o museu, mas também responderam a questão histórica do Young Museum e as diversas controvérsias da estada de um museu nesse parque de 1000 acres.
Herzog & Meuron encontraram a solução pra esse projeto em 292.000 ft², que emoldurassem todo  o parque sem interferir com a paisagem local , pois  segundo os arquitetos um museu deve ter várias visões estimulantes. O museu foi pensado como um organismo com  partes conectadas (como os dedos da mão) o esquema único beneficia um telhado e a segunda pele de cobre. Foram pensados três grupos de galeria  com uma circulação que cruza todo o edifício  e que  converge e diverge em todos os momentos. Esse arranjo elimina hierarquia ao longo das galerias evitando a necessidade de adentrar uma determinada galeria para acessar a outra e assim sucessivamente. Esse tipo de arranjo permite um contraste de espaços pensados especificamente para cada coleção, criando a oportunidade de usar a paisagem dentro do edifício.
Ficha Técnica 
Arquiteto: Herzog & Meuron
Local: São Francisco
Fonte: Architectural Record nº11 2005, pg 104



Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São `Paulo, Vilanova Artigas





Por Raphael Salgado

O prédio da faculdade de arquitetura  e São Paulo, foi iniciada em 1966 e concluída depois de 3 anos, encomendada a Vilanova Artigas, que explicita no projeto sua concepção de arquitetura, bem como suas idéias sobre a formação do arquiteto.
O edifício se desenvolve espontaneamente, com uma cobertura única, que aglutina todos os blocos funcionais do programa, relacionando-o por meio de rampas e escadas, com grande vão central.
O visitante tem a impressão ao chegar ao edifício como um paralelepípedo apoiado sobre pilares, todo em concreto de maneira bastante leve. O contraste entre os pilares em forma de trapézio e os fechamentos projetados acima com vidro e concreto, permite permeabilidade visual de certas partes do edifício. Internamente Os seis pavimentos, ligados por rampas largas de inclinações suaves e variáveis, dão a sensação de um só plano. Todos os espaços do prédio encontram-se fisicamente interligados: as divisões utilizadas para separá-los não os seccionam de fato, apenas marcam diferenças de usos e funções.

BIP Computers


Por: Ariadne Batista de Souza

Em Santiago, Chile, o novo prédio de escritórios e loja da BIP Computadores, projetado por Alberto Mozó, introduz um novo vocabulário arquitetônico para uma área ocupada por casas do final dos anos 30, buscando uma diferenciação em termos de material e temporalidade.
Além disso, o conceito de transitividade e a necessidade de uma construção ecologicamente "amigável", fizeram com que o arquiteto pensasse o material como elemento essencial do projeto, optando pela utilização de vigas de madeira de pinho reflorestado, todas em um único tamanho, as quais são parafusadas formando todo o sistema estrutural, além da escada, um elemento de destaque do projeto. Isso possibilitou uma fácil construção, assim como proporcionará facilidade, caso a haja a necessidade em desmontar a estrutura, possibilidade esta assumida e levada ao extremo pelo arquiteto, sabendo das pressões econômicas às quais a área está sujeita.
O lote ocupado abrigava duas residências, as quais foram incorporadas ao projeto.


Ficha Técnica:
Nome: BIP Computer Building

Arquiteto: Alberto Mozó
Local: Santiago, Chile
Tema: Edfício de Escritórios e Loja
Referência: Arquitecture Record, 03/2009