quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Villa VPRO



Por Elena Furlan

A obra é a sede para o novo escritório de mídia, TV e rádio e por isso também envolve arte, cultura, sociedade, ciência e tecnologia, é pensando nisso que MVRDV consegue atender perfeitamente as necessidades de um local de trabalho diferenciado e agradável.

As formas curvadas de concreto do Villa VPRO são visíveis de longe, e referência de fachada entre as obras mais conceituadas da Holanda. O fechamento do prédio conta com diferentes tipos de materiais, formas e cores, ora de vidro translúcido, ora com placa de metal perfurada, ora material fosco e bloqueado o sol. A escolha do posicionamento e a particularidade de cada fechamento correspondem às propostas de atividade interna, ou seja, a intenção dessa fachada é que a estrutura organizacional bem como o cotidiano interno pudesse mesmo transparecer para o ambiente externo.
Esse edifício ganha muito em iluminação natural com a criação de pátios e salas internas com aberturas descontraídas e contínuas que atravessam de um extremo ao outro do prédio, além de contemplar muitas varandas, e até um telhado verde acessível. O interior se assemelha a um labirinto de espaços experimentais, os grandes corredores além de garantir a circulação, são apoios para serviços da empresa, pontos de trabalho e múltiplos espaços de convivências evitando hierarquias desnecessárias entre os trabalhadores e usuários do prédio.
É a referência para um ambiente de trabalho agradável, combina perfeitamente insolação e ventilação com vistas diferenciadas de cada ambiente e com espaços descontraídos criando pontos de encontros e convivência.

Ficha técnica:

Obra: Villa VPRO
Ano: 1997
Local: Hilversum, Holanda
Área construída: 10.000m²

Sede da união de moradores e do comércio de Paraisópolis (UMCP)




Por Elena Furlan

O projeto tem como objetivo a criação de espaços para atividades sociais e coletivas da União de Moradores e do Comércio de Paraisópolis, ele resolve com a construção de uma sede estruturada em áreas verdes, contando com área esportiva, anfiteatro e horta comunitária.

O interessante nessa praça é o trabalho com modelagem paramétrica, isto é, parte-se de uma modelagem geométrica virtual, essa base é determinada por parâmetros a que se atribuem valores variáveis. Dessa forma, a estrutura é uma composição única, que pode ser adaptada a topografia, e se auto-reorganiza com a mudança de um único jardim ou platô, por exemplo. O programa utilizado é o software Generative Components da Bentley, utilizado também pelo escritório de Norman Foster. Esse programa analisa o sombreamento, iluminação, acústica, ventilação, conforto térmico, e alguns conceitos ambientais.
A implantação da praça faz conexão entre dois planos urbanos distintos, no extremo mais alto, conversa com as torres de condomínios arborizadas e do outro extremo, de menor altitude, a populosa favela de São Paulo.
Esse espaço atende mais de cinco mil pessoas por mês em projetos sociais como alfabetização de adultos, cursos pré-vestibular e de capacitação profissional. Nele, são previstas salas de uso flexível, além da área esportiva sombreada, anfiteatro e horta comunitária. Portanto, assegura os direitos dos indivíduos e da comunidade pelo atendimento ao programa de necessidades local, escolha da implantação do projeto, e garante assim a melhoria de condições de vida para a comunidade local.

Ficha técnica:
Obra: Sede da união de moradores e do comércio de Paraisópolis (UMCP)

Arquitetura: SUBdV – Franklin Lee e Anne Save de Beaurecueil; e Hart Marlow
Local: São Paulo, SP

Universidade Feminina Ewha


 

Por Elena Furlan

Esse projeto enterra o instituto de ensino superior para mulheres um volume de 350 000 m² para abrigar 22 mil estudantes, num parque conectado a malha urbana. As árvores, flores e gramados no parque remetem a origem do instituto, que para instruir as mulheres e libertá-las da servidão doméstica, inicialmente, Mary Scranton fundou em sua casa a Ewha haktang (Academia Botão de Pêra).

Neste terreno de 19m² o volume subterrâneo,conta com um rasgo central no terreno que se estende por 250 m de comprimento e 15 m de largura. É um exemplo de iluminação e ventilação natural, graças a encostas de vidro encaixilhado em alumínio nas fachadas da instituição voltadas para esse vazio central. Não há nesta obra a sensação de enclausuramento freqüente em pavimentos subterrâneos, pois a claridade, a criatividade da organização dos espaços, e sua vastidão e circulação convida e atrai os usuários para um espaço aconchegante.

Interessante que Perrault cosidera e compara esse vale como se fosse uma nova Champs Elysées, ou seja, é um lugar de trajetórias, de convivência para troca de idéias,contando com teatro ao ar livre, praça e área de exposições, além da escadaria em uma das extremidades, que serve de uma bancada informal para jovens.

Importante ressaltar que é um exemplo de um campus integrado com a rede urbana local. Dessa forma, mais um motivo de enriquecimento e diversidade para a cidade, em torno desse centro surge cinemas, shopping centers, cafés, discotecas, lan houses, entre outros. Os ambientes mais coletivos e de encontros são localizados nos andares térreos e próximos ao intenso tráfego de pessoas, já nos pavimentos superiores estão localizados as salas de aula e estudo, assim garante um silêncio e uma concentração maior, bem como a iluminação natural mais intensa. Esse projeto torna a vida estudantil uma experiência muito mais agradável.


Ficha técnica:
Obra: Universidade Feminina Ewha

Arquitetura: Dominique Perrault Architecture
Paisagismo: CnK Associates
Local: Seul, Coréia do Sul
Ano: 2001/2007
Área construída: 70 000 m²
Volume construído: 350 000 m²
Área de paisagismo: 31 000m²

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Oslo Opera House

Por Marcella Rondineli



   A Ópera de Oslo, na Noruega, projeto do escritório Snohetta, é o projeto vencedor do Prêmio Mies van der Rohe de 2009. O projeto, resultado de um concurso internacional realizado em 2000, é um edifício custou 750 milhões de dólares (cerca de 20.000 dólares / m2).

   A Ópera monumental envolve os visitantes não apenas como objeto arquitetônico, mas também como proposta urbanística, tornando-se parte da paisagem na qual se pode passear: o público se apropria das coberturas de mármore branco, como um grande tapete horizontal com superfícies inclinadas.
   O programa da ópera inclui áreas técnicas para 600 funcionários, oficinas, salas de ensaio, academia de balé, escritórios administrativos, e duas salas de espetáculos. Os espaços são bem iluminados e ventilados, incluindo grandes panos de vidro e jardins internos em algumas áreas.
   Os materiais tem atenção especial nos projetos do Snøhetta, são eles que definem os elementos do espaço. Na ópera três materiais básicos foram utilizados : pedra branca para os planos horizontais, madeira para a “parede de ondas” interna e metal para os elementos da “fábrica”(a parte técnica e administrativa da ópera). Cada elemento conceitual do projeto é associado a um tipo de material, e um quarto elemento, o vidro, é utilizado como articulação entre os demais, revelando o interior do edifício.
   A Ópera de Oslo é o principal elemento do projeto de transformação recente da cidade. Em 2010 a malha viária que a margeia será substituída por um túnel, permitindo maior integração entre a cidade e o complexo cultural.


   Ficha Técnica:


   Architetos: Snohetta
   Local: Bjørvika, Oslo, Noruega
   Cliente: Ministério para Assuntos Culturais e Religiosos
   Área: 38.500sm2
   Início da Construção: 2004
   Conclusão: 2007
   Estruturas: Reinertsen Engineering ANS
   Projeto Cenotécnico: Theatre Project Consultants

   Acústica: Brekke Strand Akustikk, Arup Acoustic

   Artistas: Kristian Blystad, Kalle Grude, Jorunn Sannes, Astrid Løvaas og Kirsten Wagle

   Fotografia: Snohetta, Nina Reistad, Statsbygg, Erik Berg & Nicolas Buisson


   Fonte: Architectural Record, agosto de 2008 – páginas 84 a 92

   “Norwegian Cool: The National Opera House by Snohetta

domingo, 8 de novembro de 2009

Laboratório de Inovação (SILab)




Por Carla Rossitto


O Laboratório de Inovação (SILab) em Delft, Holanda é uma iniciativa de Thales Nederland B.V. e trata-se da continuidade da pesquisa iníciada em 2004, com colaboração da University of Twente,  que explora soluções inovadoras de complexos edificados no tocante a ordem pública e segurança, onde várias partes estão envolvidas. SILab pode ser visto como uma panela de pressão controlada por computadores onde agentes sociais podem encontrar novas soluções de um modo segmentado e eficiente, com auxilio de tecnologia, simulação e visualização.
O ponto de partida para o projeto do laboratório foi aplicar a tecnologia no espaço de forma a acomodar os usuários em um ambiente adaptável e aconchegante. O layout básico pode ser visto como um organismo vivo com coração, veias e cérebro. A unidade do servidor representa o coração, destacada em uma edificação vermelha próxima à entrada. Dela partem as fiações e redes, funcionando como veias que levam as informações e dados processados aos ambiente de trabalho enclausurados, salas de reunião onde a criação é estimulada por jogos em grupos e onde a empresa desenvolve suas principais idéias, ou seja, o cérebro.
Para estimular a coletividade, os espaços de trabalho fechados recebem cada um sua cor ou formato distintos, como se fossem pequenos cubos recortados de diferentes maneiras, identificando-os individualmente, e destacado-os do ambiente externo contruído da empresa -- um grande galpão de estrutura e instalações aparentes onde o restante das atividadesempresariais acontecem. Dessa forma, solucionam-se também os problemas de acústica, fiação e sensação de enclausuramento. Os recortes e aberturas dos cubos permitem que os participantes dos 'jogos' que ali acorrem, estejam em contato direto com o ambiente de trabalho aberto, chamado de laboratório. Esse espaço, além de funcionar como escritório de trabalho,  é também utilizado como uma área de realidade virtual, por isso, as unidades individuais de cubos podem ser movidas para os diferentes lugares do galpão afim de criar ambientes adaptáveis as circunstâncias para esta prática.


Ficha técnica:
Arquitetos: Kingma Roorda Architecten
Equipe de projeto: Niels Van Ham, Frank Velthuis
Area Construída: 450 m²
Localização: Delft, Holanda
Ano: 2008
Tema: Laboratórios de pesquisa projetados como organismos vivos
Referência: Revista Domus, n. 925, Maio 2009

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Parque da Juventude




Por Carla Rossitto


Construído em um vazio urbano com prédios abandonados que outrora fora a maior prisão da América Latina, o Paque da Juventude no Carandiru tem um significado simbólico audacioso.
Com uma área de aproximadamente 240 000m², a arquitetura do parque é baseada em três fases que correspondem a três diferentes espaços definidores da paisagem. O Parque Esportivo - verdadeiro eixo conector que percorre todo o parque - é estruturado por um caminho de pedestres demarcado com uma vegetacao nativa que interliga a implantação de dez quadras poliesportivas próximas à entrada do parque e pistas de skate. Uma rota alternativa na forma de alameda percorre as áreas mais íntimas e sombreadas, levando à área de lazer infantil.
Os 90 000m² do Parque Central, caracteriza-se pelo premiado projeto paisagístico da arquiteta Rosa Grena Kliass integrado de forma ousada às construções inacabadas das unidades de detenção. A mata nativa foi mantida e restaurada e as carcaças das construções existentes usadas como bases para a exploração de vistas da nova paisagem verde e da cidade. Além disso, uma passarela conectora entre duas paredes flutua a 6.5m do chão e proporciona uma visão de cerca de 300m de distância. No nível do chão, um deck elevado em 30cm oferece um caminho adicional pelo complexo de estruturas abandonadas.
O Parque Institucional, que é o de maior caráter metropolitano, será o próximo e o último estágio de construção, transformando os pavilhões existentes em locais para atividades educacionais, como centro de inclusão digital e escola técnica. Além disso, estão também previstos no projeto um Centro de Saúde e um Centro Cultural.




Ficha técnica:
Arquitetos: Rosa Grena Kliass entro outros
Localização: São Paulo
Tema: Parque, revitalização de vazio urbano, edifícios institucionais, etapas de desenvolvimento do projeto
Referência: Revista l'arquitecture d'aujourd'hui, 'Brésil', 2005 n. 359

Novo conjunto habitacional em Qingpu


por Roberta Abe


Qingpu, distrito de Xangai, é famosa por seus cursos d'água naturais, utilizados como meio de transporte. O crescimento econômico do país levou a uma explosão de investimentos estrangeiros  e agora traz uma injeção de modernismo arquitetônico. Em 2002 o dirigente do distrito, Jiwei Sun, foi desafiado a desenvolver a cidade de maneira sustentável, tendo em perspectiva que a projeção da população para 2020 é crescer para meio milhão de habitantes. Foram convidados arquitetos estrangeiros como Jacques Ferrier, Sancho Madridejos e Kunyan Deng para projetar escolas, edifícios governamentais, igreja etc.

O novo conjunto residencial projetado pelo escritório norte-americano Wood+Zapata pretende recriar o padrão urbano da antiga cidade sobre a água. Assim, foram desenhadas moradias, vilas e apartamentos com um núcleo urbano de vários restaurantes e uma antiga fazenda, que será convertida em centro cultural. A intenção é a transformação da tipologia urbana da cidade vernacular sobre as águas utilizando-se de linhas limpas e modernas.


Ficha técnica:
Arquitetos: Wood+Zapata
Localização: Qingpu, Xangai
Tema: conjunto habitacional
Fonte: Revista Architectural Record, Junho 2005.Vol. 193,No. 06.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

EDIFICIO ADMINISTRATIVO E DE NOVAS GRADUAÇÕES PARA UNIVERSIDADE DE EXTREMADURA


por Caroline Thomaz

O edifício proposto é um volume de três plantas com 15 metros de profundidade e 100 de largura, com dois núcleos de comunicação vertical unidos por duas torres que unem as salas de departamento que tem uma ampla saída a uma ampla cobertura reservada aos professores. A partir das duras condições climáticas a construção envolve em um artificial e natural filtro duplo de brises ajustáveis rodeados por um anel de árvores ambos mimetizados com o tempo, cor e escala.
A cobertura do edifício abriga duas torres de relaxamento da equipe de professore, são salas abertas a um jardim rodeado por uma pista de treinamento, criando um ambiente com vistas sobre a cidade de Guadiana.
A intenção compor com todo o edifício um obra institucional simples e digno, baseado em certa sensibilidade com a luz e a brisa de Guadiana, um edifício resolvido pelo significado de uma segunda pele sensível que se confunde com um entorno amável e sombrio. 

Ficha técnica:

Arquiteto: Ábalos & Herreros
Local: Mérida, Espanha
Ano projeto: 1999 - 2001
Referência:2G n° 22

 


CENTRO DE INTERPETRAÇÃO DA PAISAGEM, FABRIANO (2003); EDUARDO ARROYO



por Caroline Thomaz

A configuração espacial desse projeto foi pensada de modo a ser capaz de absorver as variações de uma paisagem concreta, que estimulasse a sensibilidade e que possibilitasse o alcance de um alto grau de interação e compreensão do mesmo. Desse modo foi projetado um conjunto de potencializadores da paisagem que possibilitassem a percepção do tempo e a influência disso diariamente.
A intervenção consiste em tornar visível o invisível, classificando partes do local como estimulantes de determinado aspecto sensorial, a arquitetura atua potencializando as condições e isolando o resto. É uma obra composta de uma série de mapas sensíveis que filtram nosso interesse pela paisagem. A definição da geometria da arquitetura aparece ao precisar da distância e posição de cada fragmento. As mudanças de luminosidade ou as diferentes incidências do vento nas plantações, estão relacionadas aos quartos de certa permanência usos de máxima atenção, as mudanças invisíveis de som durante o dia ou a fragancia da brisa noturna com estada prolongada e de descanso da nossa atenção.
A arquitetura nesse projeto atua como mecanismo de relação com o que existe e que classifica as propriedades em uma organização centrípeta em vista da paisagem gerada que sem dúvida provoca a percepção positiva de qualquer visitante

Ficha técnica:

Arquiteto: Eduardo Arroyo
Local: Le Marche, Itália
Ano projeto: 2003
Referência:2G n° 41


Arabian Public Library


de Rafael Otake Yamashita

Localizado em uma região próxima à áreas de preservação ambiental, esta construção pretende produzir uma riqueza de conceito e ambigüidade do prédio, para que esse criasse um conceito próprio ao fazer uma conexão bem marcante com o terreno, que foi inspirado na tipologia de canyons da região.


A experiência da aridez da região é concebida no prédio junto à temática, com o uso de materiais que pouco aspiram à vida, como aço e vidro, ajudando na composição de formas obtusas.

O programa da biblioteca consiste dos ambientes comuns a bibliotecas e áreas de convívio para os usuários, dispondo de foyer e outros programas como área para crianças e computadores.

O prédio adquiriu o certificado de prata no LEED, por preservar o deserto no entorno, materiais como aço e revestimentos reciclados, aproveitamento de iluminação, instalação do sistema de ar adequadamente.


Ficha técnica:

Arquiteto: Richard+Bauer
Local: Arizona, EUA
Ano projeto: 2007
Referência:Architectural Record Junho-2008

domingo, 1 de novembro de 2009

Rehab, Centro de reabilitação






Por Stefanie Kazitoris

Seguindo a analogia de uma planta urbana, as ruas e as praças em frente as casa, a primeira impressão do centro Rehab é a entrada, um grande pátio cujo centro tem um terreno como se acedesse ao complexo por um espaço exterior. O vestíbulo principal e os diversos pátios interiores (um cheio de água e outro completamente forrado de madeira) proporcionam orientação quando se caminha neles.

O Centro Rehab é um edifício horizontal em dois pisos, onde quem se desloca tem facilidade de movimentação de um sítio para outro.Além disso é uma solução econômica pois a planta é um padrão que pode ser repetido.

O conjunto está concebido de dentro para fora pois são os pátios que se encontram ao centro, dentro de um grande retângulo, ao invés de serem os edifícios. Esses pátios servem para orientar e para permitir que a luz natural penetre em todo o interior.

Local da obra: Basel, Suíça
Arquiteto: Herzog & De Meuron
Data: 3/2002
Tema: Centro de reabilitação
Referência: Architectural Records 2005

Musac Museum

Por Stefanie Kazitoris

Erguido na cidade de León, na entrada do bairro de Eras de Renueva, o Museu foi inaugurado pelos Príncipes de Astúrias com o firme propósito de ser um museu do presente, e assim converter-se em peça fundamental para o desenvolvimento da Arte Contemporânea em nível internacional. Este museu surgiu com amplo sentido experimental para a concepção e desenvolvimento de projetos e exposições em todos os sentidos artísticos.


O MUSAC trabalha exclusivamente sobre o momento atual, marcado pela memória mais recente e, portanto, bastante voltado ao plano experimental.


Para o visitante a sua proposta é estabelecer todas as formas possíveis de interação, para além da mera contemplação. Palestras, encontro com artistas, guias didáticos e obras onde a interação ocorra, são alguns dos elementos presentes na dinâmica do MUSAC.



O edifício onde se instalou o MUSAC é uma grande construção de planta inovadora, obra do estúdio madrilenho Mansilla y Tuñón Arquitectos, e que já recebeu o prêmio Mies Van Der Rohe de arquitetura, em 2007 - a máxima premiação européia, nesta área.


Semelhante a um conjunto de tabuleiros sua fachada colorida assume um aspecto lúdico, que se destaca no espaço ao redor.


O MUSAC possui um conjunto de salas para exposições autônomas e encadeadas de forma a permitir mostras independentes, em diferentes tamanhos e características, simultaneamente. Cada sala, de modo particular, constrói um espaço contínuo, mas diferenciado espacialmente, que se abre para outras salas e pátios, permitindo assim que de uma veja-se outras de modo transversal, longitudinal e diagonal. Quinhentas vigas pré-moldadas fecham os espaços, caracterizados pela repetição sistemática e pela expressividade formal.


No exterior, o espaço público adquire forma côncava para acolher as atividades e encontros, cobertos por vidros de 42 cores (inspirados nos vitrais do século XIII) da Catedral de León. É o espaço de relação entre as pessoas.

Local da obra: León, Espanha
Arquiteto: Mansilla+Tuñon
Data: 4/2005
Tema: Museu
Referência: Architectural Records, volume 193