segunda-feira, 28 de setembro de 2009

University of Nottingham Masterplan


Por Carla Rossitto

O planejamento do campus na Malásia da University Of Nottingham é baseado em dois princípios, que determinam a proposta arquitetônica. A idéia de "cradle of learning" (berço da aprendizagem) é traduzida em um arrajo tridimensional de um eixo central e duas passarelas principais conectando gamas de prédios anexos. Esse arranjo é então interlaçado com áreas verdes contínuas, uma estratégia chamada de "green-fingers" (dedos verdes) - que é o conceito sublinhado desse projeto.

Dessa forma, extensas áreas verdes de convívio são responsáveis por conectar os prédios acadêmicos modulares, que são, por sua vez, desenhados com jardins e átrios centrais. Além de integrar ao conjunto a moradia estudantil, a praça de alimentação com grandes restaurantes e cafés, espaços de entretenimento e lazer, shopping, comércio in-campus, templo e uma grande praça de eventos.


Ficha técnica:
Arquitetos: Hamzah & Yeang
Localização: Malásia
Tema: University of Nottingham Masterplan
Referência: Graundscapers + Subscrapers of Hamzah & Yeang, Ivor Richards

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Academia de Ciências da Califórnia


Katrin Rappl
A idéia era que o projeto abrigasse o usuário sem isolá-lo do entorno. Além disso, Renzo não buscou apenas diminuir o impacto ambiental, mas também deixar expostas as estratégias utilizadas para isso.
A mais visível é a cobertura viva, que além de servir de isolante térmico acolhe 98% da chuva que cai sobre ela. Outra é a iluminação natural através de claraboias instaladas na cobertura e pelos panos de vidro da fachada. Todo o perímetro da cobertura foi sombreado por beirais com células fotovoltaicas que produzem parte da energia do edifício.
A preocupação pelo uso de materiais reciclados começou na demolição dos prédios existentes: 90% dos escombros foram reutilizados e os painéis de isolamento termoacústico foram feitos com o algodão de jeans reciclados.
O edifício é sustentado por quatro volumes fechados, onde estão instaladas as áreas de pesquisa e o depósito do museu. O projeto conta também com uma praça central que se destina a recepção e eventos públicos.

Ficha Técnica
Local: São Francisco, EUA
Arquiteto: Renzo Piano
Ano: 2008
Tema: Sustentabilidade
Fonte: AV Monografia, 119. Maio/Junho, 2006

terça-feira, 22 de setembro de 2009

BMW Factory, Leipzig, Alemanha




Por Elena Furlan

Vencedor do concurso realizado em 2002 para o edifício central da fábrica da BMW em Leipzig. É o conector entre as áreas de produção, estamparia, pintura e linha de montagem. Esse prédio funciona como entrada principal e emblema da fábrica.
Do saguão de entrada podem-se ver as carrocerias que, transportadas de forma visível deslizam em uma esteira no interior do saguão principal, sobre os visitantes e funcionários, essa comunicação, chama a atenção dos convidados e torna a produção automobilística visível e atrativa.
“O prédio é exemplar para o desenvolvimento da construção do nosso tempo. Ele se distingue pela completude da solução e pela inovação”, justificou o júri. É uma arquitetura inovadora que segue seu propósito e seu tema, da industria automobilística. Dessa forma, ela é ponderada de novas combinações de materiais, tecnologia, inovação e criatividade.
referência desse projeto está relacionada com a apresentação estética do projeto, nesse caso, esse prédio central é o cartão de visitas para a Fábrica da Mercedes Benz na Alemanha. Nota-se o cuidado com que Zaha Hadid teve com todas as fachadas do prédio central, a própria implantação em relação aos outros prédios e a via principal, e a entrada da fábrica, ou seja, o caminho do cliente, ou visitante até o interior.

Ficha técnica:

Arquiteta: Zaha Hadid
Localização: Leipzig, Alemanha
Área: 25.000 m2
Tema: Prédio Central da fábrica da Mercedes Benz
Referência: AV Monografias, n115

Mother office , Londres

sábado, 19 de setembro de 2009

Escola em Haabneeme, Estônia


por Carla Rossitto

A solução arquitetônica para essa escola, um conjunto tentacular implantado numá área com densa vegetação, revela uma composição de espaços sujeita às necessidades estritas do programa.
O edifício é constituído de um conjunto de volumes irregulares articulados pelo seu cento. Cada um dos quatro setores possui uma função diferenciada, que permite o acontecimento de atividades distintas de acordo com a faixa etária dos estudantes, sem que uma interfira na outra. Além disso, a escola, que é pública, permite que os vizinhos acessem os espaços coletivos, tais como quadras, piscina, biblioteca e outras atividades do átrio central. Este, de pé-direito triplo, amplo e com iluminação artificial valorizada, configura o principal espaço de relação para os membros da comunidade escolar. Dentro de cada setor, a configuração tortuosa dos corredores de acesso às salas de aula, cria pequenas áreas estáticas para descanso do usuário junto às janelas. Ocorre assim uma hierarquia dos ambientes coletivos e sociáveis, monitorada pela circulação do edifício.


Ficha técnica:

Arquitetos: AET/Eero Endjärv, Illimar Truverk
Localização: Haabneeme, Estônia
Tema: Escola com alunos de pré-primário à colegial.
Referência: Arquitetura Viva, n. 115

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Agência Federal para o Meio Ambiente



Katrin Rappl

Esse projeto se trata da revitalização de uma área do Distrito Industrial do Gás, que um dia foi um importante centro cultural da Alemanha e que acolheu a Bauhaus no período de 1926 a 1932. Esse novo edifício abriga funções públicas como biblioteca, auditório, café e espaços de exposição, além de escritórios para mais de 800 funcionários.
O edifício emprega sistemas construtivos desenvolvidos para proporcionar o melhor desempenho térmico e acústico possível. Um parque foi criado junto a uma das faces da construção e se prolonga para dentro do pátio central que articula todas as alas da Agência.
Um quinto de toda a energia consumida no prédio é proveniente de fontes renováveis e a energia total gasta no aquecimento do edifício chega a ser 40% menor que a legalmente permitida na Alemanha.


Ficha Técnica
Nome: Agência Federal para o Meio Ambiente
Local: Dessau, Alemanha
Arquiteto: Sauerbruch Hutton Architects
Ano: 1998/2005
Tema: Revitalização de Área Urbana
Fonte: Architectural Record, August, 2006.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Qual o papel da arquitetura na sociedade contemporânea?


O papel da arquitetura em uma sociedade é responder a uma demanda de determinada época.
            Se até então a demanda partia do topo de uma hierarquia (raiz), na sociedade contemporânea não existe mais uma hierarquia definidora (rizoma). A partir de então a arquitetura precisa se expressar para uma visão multifacetada.
            O arquiteto, nesse contexto globalizado onde as demandas e usuários estão em fluxo constante, tem a função de proteger e reforçar elos existentes além de prever, controlar e viabilizar a criação de novos elos entre as pessoas e o território. Isto consiste em criar um ambiente global propício para a desterritorialização e reterritorialização..
            Existem demandas que não estão explícitas, as quais precisam ser identificadas e supridas pelo arquiteto para que possam coexistir com aquelas que são atendidas ou, no mínimo, identificadas.
            A sociedade atual tem uma facilidade de misturar conhecimentos, que são trazidos pela facilidade de comunicação e transporte. Não existe uma regra a ser seguida, todas são válidas. O arquiteto contemporâneo tem esta característica de receber influências muito distintas e adequá-las para um contexto, fazendo com que sua obra seja tão globalizada quanto local, sem que seja classificada como certa ou errada; ela não aceita definições. 
Ariadne, Bianca, Carla, Frederico, Maria

City Hall, Yusuhara

Katrin Rappl
O projeto tem como propósito mostrar as propriedades que o cedro japonês, madeira encontrada na região, pode oferecer. O material foi utilizado tanto no desenho complexo das estruturas como no revestimento do edifício.
O volume do edifício se integra na trama da cidade proporcionando uma praça de entrada que confere representatividade ao projeto. Na fachada, o revestimento de madeira se intercala com os panos de vidro formando um mosaico que controla a insolação solar no edifício.
O projeto se distribui em dois andares, no qual as funções mais públicas se encontram no térreo. O edifício conta também com um átrio interno que proporciona um espaço de convívio para espetáculos tradicionais, além de se prolongar até a rua através de portas enormes de correr que possibiliam unificar o átrio interno e a praça externa.

Ficha Técnica
Nome: City Hall
Local: Yusuhara, Japão
Arquiteto: Kengo Kuma
Ano: 2008
Tema: Implantação Urbana
Fonte: Arquitectura Viva, ISSN 0214-1256, Nº. 120, 2008 , pags. 44-46

sábado, 12 de setembro de 2009

Relação entre método e projeto na sociedade contemporânea

Por Emy Tihohod, Flávia Elisa, Irene Naput, Katrin Rappl, Marcella Rondineli, Stefanie Kazitoris
A metodologia contemporânea do projetar arquitetônico resulta da análise e consideração de diversas áreas de conhecimento e diretrizes/fatores, que organizados segundo critérios conceituais, possibilitam diversas expressões formais.
Isso porque não existe uma linearidade de raciocínio projetual metodológico a ser seguido, e sim o resultado do estudo da multiplicidade de saberes necessários para a criação de critérios considerados no método de projeto. Questões basicamente vistas como usos, funções, usuários, legislações e acessibilidade, são ampliadas pela consideração do olhar para o entorno, história local e cultura da sociedade, que permitem uma adequação maior do método e do projeto com a dinâmica social atual.
Dessa forma, se consegue criar a base de expressão formal que guiará a formatação do projeto, direcionando-a na busca por determinadas sensações que se possa proporcionar ao usuário final. Como a Casa Poli no Chile (escritório PVE), que permite a experimentação das finalidades artísticas subjetivas do projeto, apresentando percursos que ampliam a gama sensorial do usuário, proporcionada pelo emprego de cheios e vazios que enquadram a paisagem única do local de implantação. Nota-se que os esquemas de estudo das aberturas, usos e caminhos da residência levaram em consideração todos os fatores que permitem a criação de uma metodologia de projeto, como citado anteriormente.
O que se pode perceber, é que dependendo da finalidade, partido e conceito a ser empregado em cada projeto, direciona-se mais ou menos a ponderação de fatores metodológicos, que permitem o desenvolvimento de linguagens formais no processo de produção arquitetônica. Como no caso do projeto do hipermercado Baumaxx na Eslovênia (Njric+Njiric), que realiza a leitura do entorno, empregando-a no edifício, com a intenção formal sensorial diversa da Casa Poli, uma vez que tratando-se de um local semi-industrial, a linguagem artística e o design voltam-se para a praticidade e robustez da edificação.

Faculdade de Ciências Empresariais

Por Katrin Rappl
O projeto se insere em um entorno urbano em crescimento. O edifício é formado por quarto blocos posicionados ao redor de uma praça, além disso conta com pátios internos e com uma série de passagens que conectam os edifícios entre si. Na planta baixa e primeiro pavimento se situam os serviços comuns e o restaurante, enquanto que a partir do do segundo pavimento cada edifício funciona de modo independente, abrigando um departamento.
As fachadas de vidro oferecem vistas da cidade além de aproveitar a luz natural, que pode ser regulada por meio de persianas motorizadas. As passarelas técnica de 60 centímetros de largura que rodeiam o perímetro de todos os edifícios tornam-se varandas que possibilitam a abertura completa dos panos de vidro e permitem o acesso ao exterior.
A estrutura é feita com elementos pré-fabricados de concreto armado, que constituem um sistema construtivo flexível e econômico.

Ficha Técnica
Local: Burdeos, França
Arquiteto: Anne Lacton, Jean Philippe Vassal
Ano: 2008
Tema: Implantação Urbana
Fonte: Arquitectura Viva, ISSN 0214-1256, Nº. 120, 2008 , pags. 46-49

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Art Gallery of Ontário (AGO)

Por Rafael Otake Yamashita

O projeto orçado em $217 milhões CAD, aumenta o projeto original em 20%, resultando em 54162.472 m², possibilitando dobrar a quantidade de acervo.

Inaugurado em 1900, o museu passou por 6 expansões, sendo a de Gehry a sétima, cuja principal alteração é substituir a fachada em alvenaria por uma lâmina de vidro. Expandiu verticalmente o museu, acrescentando um bloco de titânio e vidro em balanço anexado ao prédio. Na nave principal do edifício uma escada caracol de madeira liga os andares, criando uma bela cena dramática.

Gehry acredita que a arquitetura aplicada a museus ajudam a substanciar a escala da cidade num contexto global, a exemplo do Museu de Libeskind também locado na cidade.

Ficha Técnica

Nome: Art Gallery of Ontário (AGO)
Arquiteto: Frank Gehry
Local: Toronto, Canadá
Ano: 2008
Tema: Expansão do museu
Fonte: Architectural Record, The McGraw-Hill Companies, Nova Iorque, Agosto 2009, pg. 66-70.




Arquitetura - Objeto ou Fenômeno?

Por Elena Furlan, Lara Santos, Mariana Boschini, Guilherme Motta, Nathaje costa.

A arquitetura é um meio de expressão artística que está intrinsicamente ligada ao seu uso pelo homem e a sua relação e inserção no entorno. Desse modo ela possui um carater dinâmico que é capaz de mudar e ser mudado pelos seus usuários e por seu meio, tendo sempre função mesmo ela não sendo a sua original. Os quase opostos ou quase paralelos "objeto" e "fenômeno" são recorrentes à arquitetura, porém o segundo revela mais completamente o significado da arquitetura em sua plenitude.
O homem é um elemento fundamental para diferir a arquitetura em objeto ou fenômeno. A arquitetura deve ser pensada para o homem, seja para ele habitar, interagir, reagir a ela. A contemplação neste caso é parte das sensações causadas neste homem, mas diferentemente do objeto não é a única sensação causada nele.
Ao mesmo tempo a arquitetura se relaciona com o tempo passado e futuro. Portanto uma obra considerada atualmente como fenômeno pode se tornar um objeto de contemplação no futuro. A informação é o que pode diferenciar o modo como o observador vê a obra arquitetônica. Sabendo a sua história, o movimento a que pertenceu, o pensamento teórico por trás do objeto, este é visto como um fenômeno, e entendido como tal.

Banco Popular em Madri


Por Mariana Boschini
O volume proposto pelo escritório para a nova sede do Banco Popular de Madri contrasta a singularidade de cada bloco de escritórios com a unidade do conjunto todo, numa justaposição escalonada destes, evitando assim o sombreamento de uns pelos outros. Esta disposição permite a divisão em diferentes áreas, que podem ser moduladas permitindo flexibilidade nos usos. Os pátios são colocados alternadamente, de modo que cada um é reconhecível pelos utilizadores do seu bloco, o que evita a confusão habitual em tais edifícios. O caráter informal das atividades que ocorrem nestes pátios é reforçado pela presença de luz natural e da vegetação.

A orientação dos escritórios é obrigatoriamente norte-sul, e os escritórios têm planta livre, o que além de gerar economia, incentiva a comunicação e interação como condição básica do trabalho em grupo. Para pequenas reuniões e intervalos, são utilizados os pátios. A segunda pele do edifício é formada por um conjunto de refletores cilíndricos de cerâmica, que permitem uma insolação controlada e refletem cores com aspecto aveludado.
Existem ainda “espinhos” que atravessam os blocos verticalmente, fazem a distribuição da circulação pelos blocos através de escadas e passarelas, sempre priorizando o encontro e as relações pessoais.


Autores: estúdio Ayala (Gerardo, Mateo e Marcos Ayala)
Projeto: Nova sede do Banco Popular em Madri
Estrutura: MC2 Júlio Martínez Calzón e Miguel Gómez Navarro
Instalações: Aguilera Ingenieros
Paisagismo: Antônio Cantero e Maria Iza
Iluminação: Arkilum, Ignacio Valero
Área: 52.000m2

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Shure Technology Center

Por Guilherme Motta



Projeto: Centro de Tecnologia Shure

Arquiteto: Krueck & Sexton Architectss

Local: Niles, Illinois, EUA

Área: 8575m²

Fonte: Architectural Record Magazine, ano 2005, nº 06, págs. 106-11



O projeto para um novo centro de tecnologia para a empresa Shure do ramo de aparelhos eletrônicos sonoros envolveu a escolha de um terreno onde o edifício pudesse ser apreciado devidamente, expondo assim a empresa. Foi escolhido um terreno onde já existia um edifício famoso, o centro administrativo da HALO, projetado por pelo escritório Murphy/Jahn. O cliente queria que fosse respeitado o edifício antigo e assim o novo projeto uniu os 2 edifícios conseguindo fazê-los ser uma única coisa mas deixando possível de se discernir o que é antigo e novo.

O edifício se desenvolve em volumes ortogonais em diferentes profundidades, como um quadro mondriânico em 3D. Esses volumes bem marcados estão também ligados as suas funções internas. As grandes áreas envidraçadas abrigam o lobby, as áreas de convivência, as áreas de circulação as áreas de trabalho comum que pedem por bastante luz. Já nos laboratórios encontramos vidros esbranquiçados ou empenas cegas, dependendo do uso.

Vanke Center

Por Mônica Bovi.



Localizado na China, o Center Vanke é um complexo multifuncional que reúne escritórios, pequenos apartamentos e hotel. Sua integração com o ambiente ocorre através da vista contínua por todo o perímetro do prédio. Sua forma em lâminas multidirecionais e seu revestimento externo transparente permitem a visualização das montanhas, do lago e do mar que se localizam ao seu redor. Além disso, o prédio é construído em blocos suspensos, o que permite a livre circulação de pedestres através de seus vão livres, além de proporcionar-lhes sombra, fazendo com que seja agradável caminhar por ali.


A proposta de Steven Holl destaca-se, pois opõe-se totalmente à forma dos arranha-céus (característica do local de implantação): ela é baixa e espalhada em vez de concentrada e alta. Sua volumetria laminar ramificada e horizontal vai além de apenas exibir o programa arquitetônico através da forma, e acaba constituindo mais um elemento da paisagem.


Ficha Técnica

Nome: Vanke Center

Arquiteto: Steven Holl

Local: Shenzhen, China

Ano: 2006

Tema: Edifício Multifuncional

Fonte: Revista El Croquis. Steven Holl Architects, 141. 2008.

Estação e escritórios sede da Euskotren, Durango

Por Carla Nadal Rossitto
Nesse projeto, Eduardo Arroyo possui um extenso programa com atividades diversas, tais como um conjunto de escritórios que sediariam a Euskotren, empresa de tráfego ferroviário, uma estação de trem central para a cidade de Durango, um shopping e um parque. Com todos esses elementos, o arquiteto propõe-se a responder à questão de como seria a organização de uma cidade capaz de influenciar e ainda controlar as percepções epaciais e temporais de quem a transita.
A resposta é a descoberta de uma complexa geometria urbana, intimamente ligada ao seu entorno e aos diferentes usos e fluxos do local. Uma geometria que aparece numa congruência da contemplação dinâmica de quem está nos trens em movimento, dos que estão no shopping, nos escritórios da Euskotren e nos pedestres do parque.
Dessa forma, Arroyo cria uma arquitetura denominada de "landscape frame stills", uma analogia à uma sequencia de fotos que monta um filme, ou seja, analisando a arquitetura por um único intervalo de completa visualisação (a contemplação de um mesmo objeto por diferentes perspectivas), constroe-se a relação entre o espaço e o tempo, formando uma ordem de sensaçõs que introduzem uma especificidade no espaço vazio a partir de cada ponto de vista.
Esse projeto é interessante pela forma com que dialoga os diferentes usos de um mesmo espaço urbano: uma ordem geométrica generativa de formas tridimensionais que permitem um mecanismo de relação entre o espaço e o tempo de uma nova cidade a ser continuamente descoberta. Além disso, especifica uma organização espacial de usos, orientando o programa de usos público em direção ao parque e à praça, e o programa de uso privado em elevação nos escritórios.

Ficha técnica:
Arquitetos: Eduardo Arroyo/no.mad arquitectos, SL; Cristina Fidalgo, Francesco Monaco, Enrique Moya-Angeler, Javier Tamer Elshiekh

Localização: Durango, Vizcaya, Espanha

Projeto: 2004

Tema: Uso misto - Conjunto de escritórios sede, estação ferroviária central, parque, shopping. 
Referência: 2G n. 41

Chiswick Park




Por: Lara Branco

Localizado a apenas 5 milhas do centro de Londres, o complexo de escritórios Chiswick Park foi concebido com a proposta de criar um ambiente de trabalho produtivo, agradável , dinâmico e estimulante. Consiste em 12 prédios arranjados em “colar” voltados para um grande jardim com lago, deck, cascata e espaços arborizados temáticos para melhorar a experiência de trabalho no local. Os blocos, de 4 andares cada possuem planta livre e fachadas envidraçadas. O seu núcleo abriga a circulação vertical e sanitários.
Abrigando uma variedade de empresas que vão de tecnologia a linhas aéreas, o complexo oferece também serviços para seus funcionários, como quiosque de café, academia, restaurantes, entre outros. Os espaços de trabalho priorizam a iluminação natural com grandes janelas que são protegidas dos raios solares diretos por brises, que se ajustam de acordo com a posição do sol, reduzindo o uso de condicionadores de ar.
Além disso o complexo também possui sistemas de coleta da água da chuva, iluminação artificial com sensores de presença, materiais de construção reciclados, painéis solares para o aquecimento de água, monitoramento do consumo de energia para detectar possíveis anomalias, programa de reciclagem entre outras medidas com intuito de diminuição da pegada ecológica.

Ficha técnica
Arquiteto: Rogers, Stirk, Harbour + Partners
Paisagista: West 8
Local: Londres, Inglaterra
Tema: Escritórios
Data: 2000

Vila tecnológica celta em Lalín


por Roberta Abe

A relação entre as formas circulares das moradias e espaços públicos celta-ibéricos com as estruturas agrárias próximas foi feita de acordo com um processo de “semeadura”. Insere-se o coletivo através do reconhecimento de um espaço comum, que se espalha de diversos modos, como na natureza. Sua estrutura interna ocorre como a repetição de sementes no interior de frutos circulares. Esse conjunto de círculos explora as relações entre os perímetros e as atividades que os contém e assemelha-se à geometria de relógios ou de motores. São ainda envoltos por uma grossa pele que os separa do exterior.

O crescimento desse sistema relaciona-se ao movimento ininterrupto entre passado, presente e futuro; nessa constante construção, a probabilidade aparece como única forma possível de certeza. A estrutura antimonumental, na qual as formas mudam de acordo com as referências pessoais, produz a identidade coletiva. Dispersa, transparente, difusa, a estrutura multiplica-se intensifica-se, diversifica-se, desfazendo hierarquias.


Ficha técnica:
Arquitetos: Mansilla+Tuñón Arquitectos
Localização: Pontevedra, Espanha.
Ano: 2004
Tema: Vila tecnológica
Fonte: Revista El Croquis n° 136/137- Work Systems II

Kanagawa Institute of Technology (KAIT) Workshop

Foto: Iwan Baan
Por Rafael Otake Yamashita.


 O projeto faz parte de uma reformulação do centro, que terão seus prédios de 40 anos refeitos um a um. O prédio em forma prismática, possui entradas por todos os lados, sendo a principal a mais próxima ao portão do campus. O estúdio é aberto a todos os estudantes do instituto. As fachadas recobertas de vidros e as aberturas no forro permitem a passagem de luz natural durante o dia e o uso de lâmpadas durante a noite. O espaço único, sem paredes, permite um arranjo interno amplo.

A intenção do arquiteto era criar um ambiente que não tivesse regras muito claras quanto ao seu uso. A diagramação dos pilares não segue uma grade quadrangular. Foram realizados mais de 1000 estudos sobre as variáveis do prédio. 305 colunas em 290 variações estruturam o prédio que exercem diferentes funções de carregamento. A cobertura de aço foi submetida a simulações de carregamento de neve para provar sua resistência. As paredes de vidro não possuem aberturas, salvo as portas, foi criado um sistema de ventilação que capta ar fresco pela cobertura e é exaustado para saídas nos pisos. O arquiteto selecionou diversas espécies de árvores e arbustos para que a sensação de conforto fosse ampliada.

Ficha Técnica

Nome: Kanagawa Institute of Technology (KAIT) Workshop
Arquiteto: Junya Ishigami
Local: Atsugi, Japão
Ano: 2008
Tema: Expansão do estúdio de instituto tecnológico
Fonte: Architectural Record, The McGraw-Hill Companies, Nova Iorque, Novembro 2008, pg. 124-129.



Museu de Young





Por Stefanie Kazitoris

O museu de Young foi projetado visando a variedade de culturas que estão envolvidas na criação de um edifício desse tipo. A arquitetura pretende transmitir a diversidade de diferentes culturas, expressar o caráter distintivo de cada cultura, porém pretende ao mesmo tempo ser um local de coincidência, onde a diversidade se encontra e se cruza.



O edifício abriga todas as obras em uma mesma cobertura, em um contexto inter-relacionado, porém variado. Foi pensado em uma espécie de organismo com vários membros ou prolongamentos, como os dedos de uma mão.


Por esse motivo há a formação de vários pátios internos muito interessantes. O museu se localiza em um parque e as árvores, plantas e água são partes integrantes do projeto. Segundo os arquitetos, o Museu de Young não é uma interpretação romântica do encontro das culturas, e sim uma manifestação visual dos nossos conhecimentos sobre a coexistência e a igualdade das culturas.


Há vários elementos que integram o edifício, como a cobertura que expressa o gesto coletivo das pessoas se reunindo e que se estende até um jardim, onde se forma uma área muito agradável para o convívio.


Há também o elemento que mais chama a atenção quando olhamos a imagem, a torre educativa, que se relaciona geometricamente com a cidade e que oferece uma vista de todo o parque Golden Gate de San Francisco. A principal intenção da torre é dar a oportunidade de reflexão e compreensão das diversas culturas do nosso mundo.

Local da obra: São Francisco
Arquiteto: Herzog & De Meuron
Data: 10/2005
Tema: Museu
Referência: Revista El Croquis

Universidade de Arquitetura


Por Katrin Rappl.

O projeto visa preservar o ecossistema circundante, tais como arrozais inundados e mangues. Para isso evita obras maciças de aterro, utiliza formas de energia alternativas, captação de água da chuva para seu reuso e faz uso de ventilação natural, dispensando o uso de ar condicionado. O objetivo do projeto é se integrar ao máximo com o terreno e o clima do local.
A implantação do projeto propõe uma disposição em planta que estabelece de forma simultânea tanto conectividade como separação entre os departamentos de arquitetura, urbanismo, engenharia civil e artes aplicadas. Desse modo, cria-se uma diversidade de grandes e pequenos espaços, isto permite que a universidade se configure de maneira orgânica e se adapte mais facilmente as necessidades futuras.
O projeto trabalha também com o conceito de porosidade, suas fachadas são formadas por duas peles, a primeira protege o edifício da insolação direta, enquanto a segunda permite que haja ventilação cruzada.

Ficha Técnica
Arquiteto: Kazuhiro Kojima, Vo Trong Nghia, Daisuke Sanuki
Local: Cidade de Ho Chi Minh, Vietnã
Ano: 2005 - 2013
Tema: Construção de Baixo Impacto
Fonte: ITO, T., Escuela de Arquitectura, Ciudad Ho Chi Minh. 2G: Revista Internacional de Arquitectura, N. 43, 2007, pp. 126-131.

Novo Prédio para Bouwkunde

Por Mariana Boschini

O projeto de Laura Alvarez para o Open International Ideas Competition Building for Bouwkunde ganhou o primeiro prêmio em março deste ano. O concurso visava escolher um projeto para o novo prédio da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Delft, que foi destruída por um incêndio em maio de 2008.

Os 25.000 m2 restantes do edifício antigo foram preservados no projeto de Laura Alvarez, reduzindo assim o custo da obra pela metade. Segundo a arquiteta, o novo edifício não parasita o antigo, mas posiciona-se cuidadosamente nos vazios produzidos pelo incêndio. A estrutura do projeto propõe que os estúdios e salas de aula fiquem nas asas transversais do edifício, e que os escritórios e salas de professores fiquem nos corredores longitudinais externos (entre os estúdios), de modo a encorajar o contato entre funcionários, estudantes e professores. Os corredores centrais do edifício abrigam todas as atividades coletivas, como auditórios, refeitórios e bibliotecas, conectando e distribuindo as pessoas pelo prédio. Por último, os pátios trazem luz e ventilação para a estrutura, e por isso as áreas com maior volume de pessoas estão ao redor dos maiores pátios.
local: Delft, NL
arquiteta: Laura Alvaréz
data: 2009
tema: Faculdade de Arquitetura
área: 54.000 m2

Seda da empresa Gamesa Eólica S.A.

                                            Por Bianca Forti

A sede da empresa Gamesa Eólica S.A. foi instalada em um parque tecnológico, na localidade de Sarriguren, Espanha. As decisões conceituais e arquitetônicas foram pensadas para tornar o conjunto funcional e permitir mudanças futuras no programa.
O edifício tem, basicamente, uma planta em U e no seu nível mais alto apresenta uma ponte que permite a comunicação entre os usos, evitando deslocamentos desnecessários. O programa foi organizado em diferentes níveis, sendo que os escritórios estão dispostos no perímetro exterior do edifício, que apresenta uma forma mais clara e definida, deixando no interior uma estrutura mais aberta voltada para o jardim interno.
Nas fachadas foram utilizados vidros laminares que apresentam em seu interior uma malha de aço capaz de produzir reflexos e texturas com a incidência da luz. O espaço interior é protegido dos ventos e possui árvores de grande porte, por isso esse local torna-se fresco no verão e é utilizado para a refrigeração natural do edifício.


Ficha técnica:

Arquiteto: Francisco Mangado
Colaboradores: Ignacio Olite, Idoia Alonso, Willem van de Putte
Localização: Sarriguren, Navarra, Espanha
Período: 2005-2007
Tema: Sede de empresa
Área: 10.500 m2
Referência: AV Monografias 2007, ed. 129-130, p. 86-95
Foto: Pedro Pegenaute

Casa UL


Elena Furlan e Mariana Boschini

O conceito do projeto foi conceber um módulo que atendesse ao mesmo tempo as necessidades estruturais de uma casa (paredes, lajes e piso) e as atividades que nela pudessem ocorrer (comer, sentar, dormir, preparar entre outros). Dessa maneira, desenvolvemos duas únicas peças, um U com medidas de 240x240x240cm que tem a função de estruturar a casa, e um L de 40x80cm que engloba todas as atividades dos usuários, podendo ser posicionada com a maior superfície tanto na horizontal quanto na vertical.

A combinação das diferentes posições do módulo estrutural fez com que o pavimento térreo da casa abrigasse as atividades coletivas, em espaços amplos e contínuos, sem muita distinção entre o local de trabalho e o de estar. No pavimento superior, o quarto e o banheiro do casal ganham um pouco mais de privacidade.
Na concepção da maquete os dois módulos foram representados com a diferenciação de cores contrastantes, deixando claramente visível cada encaixe e posicionamento que os módulos assumiram.

California Institute for Telecomunications and Information Technology (CALIT2)


Por Lucas Carvalho

     Localizado em San Diego, à sombra do Salk Institute projetado por Louis Kahn, o campus da UCSD foi projetado em 1999 como um local em uma rede de institutos voltados para o desenvolvimento e emprego de tecnologias avançadas para a resolução de questões sociais de grande escala. A intenção do cliente era a criação de um espaço reconfigurável, para tornar indistinguíveis os limites entre espaços onde as pessoas trabalham e experimentam, um edifício que pudesse ser transparente visualmente e transmissivo para todos os tipos de comunicação sem fio.
     O tamanho e complexidade do programa para o CALIT2 tornou necessária a fusão de duas parcelas dos lados norte e nordeste de uma quadra do setor de engenharia do campus. Ao mesmo tempo, os arquitetos pretendiam reter a passagem através do edifício, ligando a uma rua do campus e um canyon atrás da quadra. O programa conta com uma mistura de escritórios administrativos, laboratórios abertos e escritórios individuais de pesquisa, com o acréscimo de laboratórios "limpos" para pesquisas em nanotecnologia e uma ala com uma galeria e cinemas digitais para receber novas mídias e para visualização científica. 


Ficha técnica:
Arquitetos:NBBJ, San Francisco - Richard Clarke, Gabriel Blackman, Victor Vizagatis, Clarinda Bisceglia, Fred Powell.
Localização:San Diego, California, EUA.
Data de término da construção: Outubro 2005.
Tema: Centro de pesquisas.
Referência: GIOVANNINI, Joseph. CALIT2 - San Diego, California. Architectural Record, Nova Iorque, The MacGraw-Hill Companies: Dezembro 2007 (Vol.195, No. 12): p. 134-138.
Foto: John Durant.

Casa Ziguezague



















Projeto: Casa Ziguezague


Módulo: Fitas segmentadas articuladas
Carla Nadal Rossito
Frederico Vergueiro Costa
Lara Branco Santos


A casa foi pensada a partir da modulação de fitas contínuas. Três segmentos principais definem o espaço total. Dois deles são compostos por 2 fitas laterais iguais com 1,5 m de largura, posicionadas inversamente uma em relação a outra no segmento central definindo as circulações. O segmento central é composto por 2 fitas de 3 m que se encaixam inversamente uma na outra e definem os níveis de permanência da casa.
A torre dos banheiros no centro deixa o espaço livre para circulação em espiral pelos ambientes ou patamares e escadas da casa seguindo uma hierarquia de intimidade.
O aspecto interessante é como a seqüência de segmentos em uma fita maleável define um espaço continuo e composto de partes sempre iguais, mas que na totalidade geram experiências sempre diferentes, pois em cada nível o usuário se depara com uma relação entre as partes inversas de uma e da outra fita.





Janelia Farm Research Campus

 
Por Ariadne B. de Souza
Com formas curvilíneas, fazendo referência a Alvar Aalto, Rafael Vigñoly superou suas obras mais bem sucedidas, mesclando uma construção de 289m de comprimento e 85m de largura às curvas de nível do local.
Trata-se de uma estrutura de três pavimentos composta por terraços destinada ao centro de pesquisas do Instituto Médico Howard Hughes, uma fundação filantrópica a qual fornece fundos a cientistas e engenheiros para pesquisas biomédicas avançadas.
O programa pedia por um campus o qual incitasse a interação entre cientistas também em seus laboratórios e escritórios, além das áreas sociais, sem levar em conta qualquer nível hierárquico. O projeto que contempla, além do bloco destinado à pesquisa, também uma edificação longilínea destinada a acomodações para conferências e residências temporárias para os cientistas, mostra, acima de tudo, uma preocupação em interagir com a paisagem externa, expressa tanto na implantação, como na disposição dos ambientes de trabalho, voltados para a mesma.
Ficha Técnica 
Nome: Janelia Farm Research Campus for the Howard Hughes Medical Institute (Campus de Pesquisa Janelia Farm para o Instituto Médico Howard Hughes)
Arquiteto: Rafael Vigñoly
Local: Virginia, E.U.A.
Ano:2007
Tema: Centro de Pesquisa Biomédica
Fonte: Architecture Record, The McGraw-Hill Companies, Nova Iorque, Março 2007 (Vol.195, Nº 3), pg. 116-125. 

Centro de arte de Towada

Por Elena Furlan da França

Um museu municipal localizado na cidade de Towada, Japão, é um edificio fragmentado composto por blocos de diversos tamanhos e formas, conectados entre si por corredores de vidro basicamente. Este projeto contempla espaços diversificados para atividades distintas. Assim, encontra-se salas de exposição de arte contemporânea, salas de conferências e reuniões, Cafés, bibliotecas e até mesmo salas/oficinas que servem de apoio para a realização de atividades comunitárias locais.
A implantação do projeto tem o intuito de modificar tanto a paisagem imediata quanto as atividades cotidianas dos que atravessam essa importante rua de Towada. Demonstra a preocupação com a escala do pedestre e principalmente a transição entre caminho público ao privado, sendo o edifício fragmentado como é, ele consegue fazer uma relação direta com o pedestre e convidá-lo para adentrar e se movimentar de um bloco ao outro do conjunto.
Graças a essa variação de implantação e consequentemente orientação de cada bloco, há possibilidade de se obter diversas condições de iluminação e conforto térmico ou visual desejado em cada espaço, bem como a relação desse espaço com o público que se deseja impor, no caso desse centro de arte, a própria arquitetura com a obra de arte.
Os espaços configurados em semi-públicos podem servir de apoio para uma certa convenção, conferência, palestra entre outros. Um centro tecnológico, por exemplo, é fundamental espaços semelhantes uma vez que se trata de assuntos atuais, muitas vezes novidades que se faça necessário estender as atividades que estão sendo feitas entre paredes para o exterior.

Ficha técnica:

Arquiteto:Ryue Nishizawa
Local: Towada, Japão
Ano: 2005-2008
Tema: centro de arte
Fonte: Revista El Croquis. Topologia arquitectónica / Architectural topology. Número 139

Sede da SGAE










Por Frederico Costa
A nova sede da Sociedade Geral de Autores e Editores está inserido em um parque cujo plano diretor foi elaborado por Arata Isozaki (Universidade de Tóquio, 1954) e que reúne outros edifícios de caráter cultural. Implantado ao longo do alinhamento suavemente curvo da calçada, as duas superfícies longitudinais que o definem seguem essa curvatura. A terceira superfície, retilínea, organiza os espaços no interior. São três diferentes planos com níveis de intensidade e modulação da luz e dos acessos.
A superfície de granito de Mondáriz é a grande peculiaridade. Está voltada para a vista da cidade antiga e constitui um pórtico que junto com a superfície interior definem um corredor livre que articula as áreas de acesso ao público.
O projeto reforça a tipologia histórica dos corredores em pórtico comuns em Santiago, explora as singularidades do lugar através da utilização dos materiais que dialogam com soluções contemporâneas como os planos translúcidos.


Projeto: Sede do SGAE
Arquiteto: Antón García-Abril
Local: Santiago de Compostela, Espanha
Tema: Sede de instituição representativa
Fonte: “AV Monografias n.129-130. 2008. pp.78-85”

Complexo Tecnológico de La Rioja

Por Maria A. R. de Lima.
Inserido em uma área de recuperação ambiental, o edifício abriga três instituições do setor de serviços da Internet: um centro de ensino, um de pesquisa e uma incubadora de empresas.
A estrutura linear maximiza o contato com o exterior, evidenciando a intenção de integrar o edifício à paisagem; criando um espaço no qual natureza e tecnologia se conectam. A semelhança do programa das instituições permite o compartilhamento de instalações, reduzindo gastos com manutenção, limpeza e segurança.
Suas plantas sobrepostas fecham uma parte do terreno, diversificando as conexões entre o urbano e o parque que será implantado no local. Uma série de terraços e rampas mantém a continuidade entre o desnível topográfico e o jardim. Uma pérgula verde age como brise. As aulas e oficinas são ministradas ao longo do largo corredor que contêm os espaços públicos abertos para jardins externos, enquanto as estâncias se abrem para a paisagem do rio.

Ficha Técnica
Arquitetos:
Farshid Moussavi, Alejandro Zaera-Polo con Kensuke Kishikawa, Jordi Pages, Pablo Ros
Local: La Rioja, Espanha
Ano: 2004-2006
Tema: centro de ensino e pesquisa
Fonte: AV Monografias, ISSN 0213-487X, nº129-130, 2008; páginas 96-107

Instituto de Micro Cirurgia Ocular de Barcelona

Por Flávia Elisa

O programa do Instituto de Micro Cirurgia Ocular de Barcelona é essencialmente articulado e combina espaços de usos distintos (como os anfiteatros, as salas de cirurgias, as áreas de repouso, o refeitório, a área administrativa, o estacionamento, entre outros) de maneira precisa. Tendo em vista que para parte das atividades citadas não é necessária a presença de luz natural, mas para outras é fundamental que o haja, o edifício foi desenhado e implantado de forma que, uma parte dele se encontra abaixo do solo e outra parte se emerge em pontos estratégicos para captação de luz e ventilação. Além da ventilação e da iluminação, esses locais contendo as aberturas são contemplados com uma bela vista da cidade de Barcelona, pois a edificação se situa em uma área montanhosa, tida como limite da cidade. Os acessos e espaços são cuidadosamente pensados, levando em consideração a atenção, o cuidado e o conforto dos olhos, que são a maior preocupação para com os freqüentadores do local. Assim, foram concebidos espaços de transição (semi abertos e semi fechados) e também proteções, como vidros escuros e outros anteparos que introduzem um jogo de sombra e penumbra em alguns pontos, evitando um excesso da intensidade luminosa nos ambientes.

Ficha Técnica
Arquiteto:
Josep Linàs Carmona.
Localizão:
Barcelona, Espanha.
Período:
Projeto - Julho 2003 - 2005 / Execução - Março 2006, atualmente em construção.
Tema:
IMO (Instituto de Micro Cirurgia Ocular).
Referência:
El Croqui, Ed. 128 p. 180-191.
Área:
17.550m2