por Roberta Abe
A relação entre as formas circulares das moradias e espaços públicos celta-ibéricos com as estruturas agrárias próximas foi feita de acordo com um processo de “semeadura”. Insere-se o coletivo através do reconhecimento de um espaço comum, que se espalha de diversos modos, como na natureza. Sua estrutura interna ocorre como a repetição de sementes no interior de frutos circulares. Esse conjunto de círculos explora as relações entre os perímetros e as atividades que os contém e assemelha-se à geometria de relógios ou de motores. São ainda envoltos por uma grossa pele que os separa do exterior.
O crescimento desse sistema relaciona-se ao movimento ininterrupto entre passado, presente e futuro; nessa constante construção, a probabilidade aparece como única forma possível de certeza. A estrutura antimonumental, na qual as formas mudam de acordo com as referências pessoais, produz a identidade coletiva. Dispersa, transparente, difusa, a estrutura multiplica-se intensifica-se, diversifica-se, desfazendo hierarquias.
Ficha técnica:
Arquitetos: Mansilla+Tuñón Arquitectos
Localização: Pontevedra, Espanha.
Ano: 2004
Tema: Vila tecnológica
Fonte: Revista El Croquis n° 136/137- Work Systems II
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