Por Elena Furlan
O projeto tem como objetivo a criação de espaços para atividades sociais e coletivas da União de Moradores e do Comércio de Paraisópolis, ele resolve com a construção de uma sede estruturada em áreas verdes, contando com área esportiva, anfiteatro e horta comunitária.
O interessante nessa praça é o trabalho com modelagem paramétrica, isto é, parte-se de uma modelagem geométrica virtual, essa base é determinada por parâmetros a que se atribuem valores variáveis. Dessa forma, a estrutura é uma composição única, que pode ser adaptada a topografia, e se auto-reorganiza com a mudança de um único jardim ou platô, por exemplo. O programa utilizado é o software Generative Components da Bentley, utilizado também pelo escritório de Norman Foster. Esse programa analisa o sombreamento, iluminação, acústica, ventilação, conforto térmico, e alguns conceitos ambientais.
A implantação da praça faz conexão entre dois planos urbanos distintos, no extremo mais alto, conversa com as torres de condomínios arborizadas e do outro extremo, de menor altitude, a populosa favela de São Paulo.
Esse espaço atende mais de cinco mil pessoas por mês em projetos sociais como alfabetização de adultos, cursos pré-vestibular e de capacitação profissional. Nele, são previstas salas de uso flexível, além da área esportiva sombreada, anfiteatro e horta comunitária. Portanto, assegura os direitos dos indivíduos e da comunidade pelo atendimento ao programa de necessidades local, escolha da implantação do projeto, e garante assim a melhoria de condições de vida para a comunidade local.
Ficha técnica:
Obra: Sede da união de moradores e do comércio de Paraisópolis (UMCP)
Arquitetura: SUBdV – Franklin Lee e Anne Save de Beaurecueil; e Hart Marlow
Local: São Paulo, SP
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