Por Carla Rossitto
Construído em um vazio urbano com prédios abandonados que outrora fora a maior prisão da América Latina, o Paque da Juventude no Carandiru tem um significado simbólico audacioso.
Com uma área de aproximadamente 240 000m², a arquitetura do parque é baseada em três fases que correspondem a três diferentes espaços definidores da paisagem. O Parque Esportivo - verdadeiro eixo conector que percorre todo o parque - é estruturado por um caminho de pedestres demarcado com uma vegetacao nativa que interliga a implantação de dez quadras poliesportivas próximas à entrada do parque e pistas de skate. Uma rota alternativa na forma de alameda percorre as áreas mais íntimas e sombreadas, levando à área de lazer infantil.
Os 90 000m² do Parque Central, caracteriza-se pelo premiado projeto paisagístico da arquiteta Rosa Grena Kliass integrado de forma ousada às construções inacabadas das unidades de detenção. A mata nativa foi mantida e restaurada e as carcaças das construções existentes usadas como bases para a exploração de vistas da nova paisagem verde e da cidade. Além disso, uma passarela conectora entre duas paredes flutua a 6.5m do chão e proporciona uma visão de cerca de 300m de distância. No nível do chão, um deck elevado em 30cm oferece um caminho adicional pelo complexo de estruturas abandonadas.
O Parque Institucional, que é o de maior caráter metropolitano, será o próximo e o último estágio de construção, transformando os pavilhões existentes em locais para atividades educacionais, como centro de inclusão digital e escola técnica. Além disso, estão também previstos no projeto um Centro de Saúde e um Centro Cultural.
Ficha técnica:
Arquitetos: Rosa Grena Kliass entro outros
Localização: São Paulo
Tema: Parque, revitalização de vazio urbano, edifícios institucionais, etapas de desenvolvimento do projeto
Referência: Revista l'arquitecture d'aujourd'hui, 'Brésil', 2005 n. 359
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